Arquivo mensal: agosto 2015

Lealdade

Gosto muito de citar frases que lemos, mas que o sentido, muitas vezes, nos passam desapercebidos.

Uma delas: “O sangue faz um parente; mas só a lealdade faz uma família”.

Realmente, tenho sempre em mente a importância da lealdade em nossas vidas, pois sem ela não há amizade que perdure, nem confiança que possamos sentir, a não ser nas pessoas que nos demonstraram lealdade de caráter.

Agir com lealdade é importantíssimo sob todos os aspectos, pois ela faz com que passemos a ter ou não confiança em alguém mais ou menos próximos de nós.

E isso sob todos os aspectos, pois quando falamos em lealdade, pensamos, em princípio, em lealdade amorosa, no propósito de não trairmos a pessoa amada, mas, na verdade, a lealdade não se refere somente a esse tipo de relacionamento.

Envolve uma série de aspectos, pois se convivermos sem ela, teremos e criaremos problemas de convivência, seja na área pessoal, seja sob aspecto comercial, social ou cultural.

Com referência, por exemplo, a uma amizade que tenhamos conquistado exatamente por termos tido atitudes leais, podemos imaginar o desastre que seria se tivéssemos agido com deslealdade, quebrando um segredo ou dizendo ofensas que pusessem em dúvida o nosso sentido de fidelidade.

Também se tratando de lealdade cultural, como imaginar colocarmos como originária de nossa criação uma idéia que acabamos copiando de alguém e divulgando como se a tivéssemos criado?

A deslealdade é uma característica feia e mesmo que tenhamos, inadvertidamente, alguma atitude desse tipo, temos o dever de admitir e de nos desculparmos, tentando corrigir o erro inicial.

No aspecto social, importantíssima a lealdade com os amigos em todos as facetas de nossas atividades, procurando valorizar as pessoas com quem nos damos, seja na maior ou menor intimidade.

Respeito é muito bom e o ser humano é sensível à lealdade que se lhe oferece, seja de amigos, de relacionamento amoroso, de troca comercial ou simplesmente social.

Devemos cultivar a lealdade seja sob que ponto for, até mesmo se tivermos que copiar alguém, pois se formos sinceros e jogarmos de maneira honesta, copiar significa um elogio, principalmente se dissermos que copiamos porque gostamos.

Importante mesmo é, como se diz, jogar limpo sempre.

A lealdade em relação ao ser amado, por exemplo, é mais do que uma característica, uma obrigação, pois desde que escolhemos uma pessoa para nossa convivência, temos até mesmo como o principal dever de lhe dedicar nossa fidelidade absoluta.

Isso desenvolve uma confiança mútua e faz com que nossa vida seja pontuada de momentos felizes sob qualquer circunstância que se apresente.

E como sabemos, confiança não se impõe, adquire-se, com o comportamento do dia a dia sob aspectos os mais variados.

Lealdade de comportamento com nossos amigos nos faz mantê-los, lutando sempre pelo bem estar mútuo e constante, pois a confiança se instala dependendo das atitudes de ambos os lados.

Lealdade e fidelidade andam de mãos dadas.

Abraços e bom domingo 🙂

Amanda

 

Ansiedade 

“A ansiedade é uma das maiores armadilhas que a virtude autêntica e a devoção fervorosa podem encontrar”.

Lemos, muitas vezes, frases como essa, que nos dão o que pensar e podem até mudar o rumo de nossas vidas, a partir do nosso raciocínio e de nossas atitudes em relação a acontecimentos que assistimos e participamos.

Ficamos ansiosos por motivos, na maioria das vezes, sem nenhuma importância, e só nos damos conta da inutilidade dessa nossa reação depois de revermos o porque daquela ansiedade.

O fato existente não vai mudar, e se tivermos que lutar por alguma mudança, teremos que fazê-lo com cautela e estudo, para não incorrermos em erros e mais erros.

E tenhamos sempre a consciência dessa maneira de nos preocuparmos com algum problema, ou simplesmente por algo a resolver, conforme gosto de falar.

O ideal seria sempre conseguirmos colocar para nós mesmos os problemas com objetividade e tentar resolvê-los da melhor maneira que possamos, não permitindo que a ansiedade nos leve a uma solução inadequada e que possa comprometer toda uma situação vigente naquele momento.

Claro que não podemos evitar de, em determinadas situações, ficarmos ansiosos, muitas vezes por questões para as quais desejaríamos uma resolução imediata de problemas que nos afligem.

Mas mesmo diante disso, temos que tentar o auto controle, para que a resolução seja a mais adequada, sem a ansiedade que a situação possa provocar.

Por mais que seja urgente é importante procurarmos agir com calma para, como diziam os antigos: “não enfiarmos os pés pelas mãos”.

Parece simples, mas para muitos não é.

As preocupações, as tensões e os receios podem nos trazer momentos de ansiedade, nos provocando o medo físico, e nos impedindo de realizarmos aquilo a que nos havíamos proposto fazer.

Claro que sentimos ansiedade naturalmente por pequenos problemas do cotidiano, pela nossa vontade e proposição de resolvê-los.

A ansiedade pode mesmo se manifestar de várias formas, como problemas físicos reais, como sensação de vazio no estômago, dores de cabeça, distúrbio intestinal, tensão muscular e outros sintomas que seriam uma espécie de efeitos diante de uma situação ansiosa, ou da espera de um acontecimento.

Seria uma espécie de consequência da ansiedade com que encaramos algumas situações durante nossa vida, no nosso dia a dia.

Muito importante conseguirmos identificar o grau de ansiedade que sentimos, pois é perfeitamente normal ficarmos ansiosos com resultados de provas, com a perspectiva de nos submetermos a um novo emprego, etc.

Mas temos que tentar chegar a uma conclusão do que é natural e do que exageramos, para que a ansiedade não tome conta de nós, de nosso comportamento social, pois poderemos, com nossas atitudes, afastar amigos de nosso convívio e assim dificultar nosso progresso social e intelectual.

Cuidemo-nos, portanto, para não deixarmos que a ansiedade exagerada nos faça cair em problemas de solidão e tristeza.

Bom domingo sem ansiedade para todos nós 🙂

Amanda

 

Comunicação 

Mesmo sem nos referirmos ao sentido da comunicação que hoje em dia se tornou uma quase obrigação em nossas vidas, temos que entender o enorme significado e a importância desse entendimento entre os seres humanos, que só é possível se usarmos a palavra.

É a única forma de nos entendermos mutuamente, expormos nossas idéias, transmitirmos nossos ensinamentos e apreendermos também com quem nos passa conhecimento seja em que área for.

Lembrando que sempre que ouvimos alguém com atenção e com experiência, devemos estar abertos e não resistir todo o tempo, achando que somente nós pensamos de maneira correta a respeito de qualquer assunto.

É uma forma de humildade podermos escutar e aprender – e também de nos comunicarmos com o nosso próximo de maneira correta. Claro, isso se formos consultados a emitir alguma opinião, pois do contrário podemos correr o risco de passarmos por atrevidos ao emitir idéias que não nos foram solicitadas.

A comunicação é um campo delicado e importante em todos os aspectos de relacionamento humano, pois sem ela nada seria iniciado ou teria uma continuidade.

Todos temos nossa área interior de segurança e em muitas ocasiões nada faríamos sem uma comunicação vinda de uma fonte de solicitação.

E, de outro lado, o que precisamos sempre cultivar é como nos comunicarmos para que sejamos compreendidos e atendidos.

Mesmo as ordens que emitimos exigem uma forma de comunicação adequada para que não sejam entendidas erroneamente, e portanto, sejam cumpridas de maneira adequada e como havíamos planejado.

A comunicação é, por si, uma ferramenta de troca de instruções, que possibilita o cumprimento de ordens ou de princípios a serem seguidos ou não, de acordo com o temperamento de quem recebe o comunicado, seja ele de que natureza for.

Pode ser considerada integração, e também uma troca mútua de informações entre quem emite e quem recebe instruções, idéias, ordens, etc.

Estamos todo o tempo recebendo uma comunicação, seja ela verbal, virtual, ou mesmo gestual, como expressões que fazemos com nossa face, imagens e outras.

A comunicação é, no momento atual, no mundo inteiro, uma via de acesso a tudo o que acontece, e com essa facilidade que a internet nos oferece, conseguimos nos comunicar com todos e também tomarmos conhecimento de fatos e acontecimentos dos quais naquele exato momento participamos.

Importantíssima a comunicação entre as pessoas, pois não se tem como adivinhar o gosto ou a participação de outro quando não foi devidamente falado o assunto a tratar ou a compartilhar.

Falando, expondo nossas idéias, teremos mais chances de acerto, tanto no âmbito de amizades, como no setor amoroso, onde convivemos com intimidade com a pessoa a quem amamos.

Mas, na verdade, nem mesmo o amor pode, muitas vezes, suportar as diferenças se não forem discutidas, explicadas, expostas, enfim, para que os participantes possam se definir na convivência diária.

Para esse entendimento, portanto, a comunicação se torna o fator mais importante.

Vamos, então, nos comunicar, sem constrangimento. É melhor antes que depois.

Abraços e bom domingo 🙂

Amanda

Passado

Recebi de uma amiga e achei interessante:

“Quando perguntarem do seu passado, simplesmente responda: eu não vivo mais lá”.

A própria definição da palavra passado já diz tudo: o vivido, o que passou e não voltará jamais, nem para revivermos determinados fatos e nem para modificá-los.

Achei mesmo de uma profundidade incrível, pois viver no passado só nos traria lembranças, que podem ser tanto agradáveis, como dolorosas.

E o pior, nada podemos fazer contra o tempo que passou, uma vez que não estaremos em condições de modificar ou melhorar uma situação, segundo o nosso conceito atual, e até mesmo, nossa maturidade já alcançada.

Reconhecimento de determinadas falhas que tenhamos cometido já seria uma atitude de respeito e arrependimento que, uma vez reconhecidas, poderiam ser, de certa forma, não repetidas, se disso tivermos consciência.

Ai está a sabedoria de conseguirmos nos conscientizar e tentarmos melhorar nossas atitudes na vida em geral, para que não nos arrependamos de atitudes impensadas, ou tomadas intempestivamente.

O passado chega, quase sempre, com lembranças agradáveis e bonitas, nos fazendo reviver momentos de alegria e realização, mas se nos dermos conta de que nem sempre temos boas lembranças, devemos nos satisfazer em tentarmos consertar ou, pelo menos, acertar pontos que nos tornaram infelizes de alguma forma.

Isso para que não nos tornemos pessoas amargas e infelizes permanentemente, infernizando, de certa forma, os nossos circunstantes com nossa amargura.

Tentemos acertar os pontos de insatisfação que talvez nós mesmos tenhamos provocado, seja por imaturidade ou por inexperiência e boa fé.

Conheci pessoas especiais, bem sucedidas em suas profissões, sadias física e espiritualmente, e que se sentiam infelizes por viver um passado que, de certa forma, as atormentavam.

Mas nada podiam fazer contra a passagem do tempo, pois ele não volta, e temos que ter a nossa vontade bem forte, para que possamos iniciar nova luta e contar com resultados que virão dali em diante.

Tentemos anular os acontecimentos passados, se é que nos atormentam, e lutemos com todas as forças para que não se repitam e assim não prejudiquem nossos sentimentos e nosso raio de ação.

O que não podemos e nem devemos é colocar no passado a culpa de eventuais fracassos ou frustrações que tenhamos tido, pois, como ele não volta, o jeito que temos é simplesmente raciocinarmos no sentido de tentarmos modificar o que achamos não ter estado muito certo.

Claro que não é fácil tomar atitudes de mudança, mas o importante é assumirmos nossas fragilidades e evitarmos cometer o que achamos que fosse um erro decorrido em alguma época de nossa vida.

O passado não volta, mas o presente e o futuro estão ai, inexoravelmente, nos dando a chance de tentarmos mudar algo que talvez não tenhamos feito muito bem.

Se culpamos o passado, perdemos a oportunidade de melhorar o presente e o futuro.

Abraços e bom domingo 🙂

Amanda

Sensatez 

Um dos aspectos da sabedoria é conseguirmos ficar calados, sem discutir muito, ao ouvirmos algo que não concordamos ou não gostamos.

Um pensador já disse:

“Quem se cala, nem sempre concorda; às vezes, é apenas o desejo de não discutir com idiotas”.

Essa afirmação é muito radical, não concordo, pois as opiniões divergentes das nossas deverão ser sempre respeitadas, mesmo se não concordamos com elas.

Claro que, nem sempre, o que ouvimos são bobagens e ditos não aproveitáveis, e sim, idéias que podemos utilizar e até mesmo servirem de orientação a quem necessita. Aí entra a sensatez de análise da validade de uma informação.

Inclusive, temos que investir sempre em prestarmos atenção e retirarmos de provérbios e ditos inteligentes o melhor que nos podem ensinar, pois geralmente foram proferidos por pensadores, filósofos, escritores, com vivência humana tal, a ponto de conseguirem discernir atitudes de sabedoria e aprendizado.

Mas, como diz o divertido provérbio acima, concordar, muitas vezes, é mais fácil e cômodo, dependendo de quem opina, naturalmente.

Existem pessoas que não sabem ouvir opiniões diversas das suas próprias, por falta total de humildade e reconhecimento de que poderiam ser melhores do que as suas.

Não devemos pensar que somente nossas idéias são infalíveis e que nunca erramos em nossos julgamentos e planos que fazemos.

Muito embora, claro, nem tão radical como a brincadeira acima, uma grande parte das vezes, fica mais fácil concordar do que discutir com certo tipo de pessoa que teima em não querer aprender, nem entender idéias e conceitos diferentes dos seus.

E nesse caso, o melhor que fazemos é concordar, para que a disputa não tome um rumo desagradável de teimosia estéril.

A insistência em fazer prevalecer um ponto de vista pode levar a situações de constrangimento e, com isso, perdermos a oportunidade de expor nossas opiniões com elegância e com mais chances de serem acatadas.

Toda vez que uma exposição de idéias é feita com alteração de voz fora do contexto ou em ocasião inoportuna, perdemos a chance de convencermos nosso interlocutor, pois a irritação pode tomar conta do diálogo, e a conversa, um rumo que não era bem o desejado. Ou ficar interrompida.

Aí entra a sabedoria de conseguirmos expor nossos conceitos e opiniões com calma e com a certeza de fazê-lo sem que haja um clima de disputa e constrangimento.

Devemos sempre nos firmarmos para sermos sensatos e sabermos o momento certo em que podemos ou devemos tentar impor nossos pontos de vista.

Assim, evitamos criar uma oportunidade de discussão que possa constranger os circunstantes e terminar um papo que vinha sendo agradável e construtivo.

Cuidemos para não perdermos nossa personalidade e capacidade de análise, pois nessa hora é que poderemos diferenciar o sensato do teimoso vazio.

Abraços e bom domingo, com muita sensatez 🙂

Amanda