Arquivo mensal: julho 2013
Vale a pena?
Publicado por amandadelboni
Essa é uma questão que temos que analisar em várias situações.
Diálogo entre amigos pode, muitas vezes, gerar polêmica ou algum mal estar quando um não concorda efetivamente com o outro, com suas idéias ou sua maneira de viver.
Estávamos justamente conversando sobre isso outro dia com algumas amigas numa reunião.
Comentei que raramente me altero, não gosto de discussão, me faz mal de verdade e sempre acho que não leva a nada.
Me recuso a alimentar polêmica ou idéias contrárias às minhas próprias.
Temos que admitir que todos tem o direito de pensar como quiserem e acho que não temos o direito de passar o tempo tentando convencer o próximo a pensar como nós. Adoro aprender com o outro e expor minhas idéias de forma agradável. Mas impor, jamais.
Mesmo que não concordemos, a discussão não leva a nada e só serve para criar um mal estar em quem nos escuta naquele momento.
Dentro desse raciocínio, parto do princípio de que se pensarmos bem, quase nada vale a pena uma irritação, ou uma conversa que só gera briga, seja com quem for e que grau de intimidade se tenha com o nosso interlocutor.
Ao expor essa minha opinião, o grupo concordou e todos passaram a constatar que, na verdade, pouca coisa realmente pode interessar tanto que se tenha que discutir ao ponto de romper uma relação, o que muitas vezes acontece.
Mas ainda um pouco céticos, me perguntaram como eu posso lidar com as discordâncias sem criar uma situação muitas vezes irreversível.
Não sou conformista ou tenho medo de entrar em assuntos polêmicos, mas o faço com isenção de ânimos e simplesmente não dou a importância indevida a situações que não merecem a discussão estéril.
Diante de qualquer impasse, me pergunto: Vale a pena?
Tenho certeza, por experiência própria, que na maioria das vezes, se pararmos para ponderar sobre qualquer assunto, veremos que quase nada vale a pena uma atitude da qual possamos nos arrepender depois.
Devemos, portanto, valorizar o que tem de ser valorizado, sem nos perdermos com o problema de impormos nossas idéias ou nosso ponto de vista.
Isso, normalmente, é vaidade que não leva a nenhum resultado. Ao contrário, pode nos levar a consequências bem desastrosas, dependendo do momento e de quem nos rodeia.
Uma vez, falando sobre esse meu ponto de vista com uma amiga, ela até se emocionou e disse que se exaltava com facilidade e isso a fazia sofrer. Admitiu que realmente muito pouca coisa valeria a pena no sentido de evitar um mal estar a troco de nada ou quase nada.
Se alterar não ajuda na resolução de qualquer que seja o problema a se enfrentar.
De outro lado, se conseguimos manter uma certa frieza no raciocínio, a resolução poderá aparecer de forma mais clara.
A pergunta chave é: Vale a pena?
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Decepção
Publicado por amandadelboni
Quantas vezes ouvimos alguém dizer que se decepcionou com a atitude de outras pessoas ou com o desenvolvimento de algo que esperava e que não se concretizou?
A decepção está associada à tristeza e frustração, porém a intensidade do desapontamento normalmente é proporcional ao tempo, ao valor que damos ao que esperamos e à magnitude de nossa expectativa.
Sim, porque tudo o que planejamos vem carregado de esperança no sentido de bons resultados para o sucesso de qualquer realização.
E além de idealizarmos resultados que esperamos e desejamos, promovemos expectativas que, se não chegam, nos frustra e nos faz infelizes.
Nos decepcionamos quando alguém a quem amamos, seja em que âmbito for, age de maneira que não esperávamos e nos leva ao que chamamos de desilusão.
E isso não se reflete somente na área amorosa, mas também nas amizades, cuja sinceridade é imprescindível para nossa segurança emocional.
Sob outro aspecto, se nos decepcionamos com alguém a quem queremos bem e não tenha agido da forma que estaríamos esperando, o ideal seria tentar entender o que teria levado essa pessoa a agir de forma inesperada.
Muitas vezes podemos ser vítimas de algum mau comentário por parte de outra pessoa, e um bom diálogo poderia esclarecer uma situação de risco para uma inimizade indesejada.
Igualmente nos negócios, planejamos e, muitas vezes, conseguimos efetivar até certo ponto, dentro de nossa capacidade de realização, mas corremos o risco de nos decepcionarmos se não atingimos o nosso objetivo.
Temos que estar preparados psicologicamente para que uma possível decepção sofrida não interrompa o curso da criação de algum projeto que, apesar de parecer fracassado, pode ser passível de modificações que o tornem um sucesso.
Perder a esperança, jamais!
Ir à luta é a palavra de ordem, pois nada conseguimos sem nos arriscarmos, evidentemente dentro de uma medida de segurança e equilíbrio que devemos nos impor sempre.
E temos que ter em mente que uma decepção também pode ser algo que nos impulsione e nos ensine, no sentido de executarmos melhor numa próxima tentativa.
Depende de nós podermos desenvolver nossa capacidade de análise de determinada situação e encarar um possível fracasso como um incentivo para vencermos o imprevisto.
Uma atitude de prevenção e estudo pormenorizado em tudo o que planejamos seria o ideal para diminuirmos a possibilidade de uma decepção maior e que poderia causar transtornos, muitas vezes irremediáveis.
Estudar muito bem possibilidades de sucesso em todas as áreas da atividade humana pode ser uma das soluções para tentarmos evitar ou diminuir frustrações, e por conseguinte, decepções que poderiam nos levar ao desânimo e continuidade de luta.
O esforço no sentido de não nos desanimarmos pode frequentemente ser recompensado, pois lutamos quando temos o estímulo interior e afrontamos o fracasso com a garra necessária para atingirmos o sucesso.
Antes de nos decepcionarmos definitivamente, devemos tentar uma solução madura e sem ressentimentos prévios.
Espero que meus blogs não os decepcionem, pois isso me incentiva a continuar 🙂
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Rótulos
Publicado por amandadelboni
Um rótulo é normalmente uma referência definitiva, pois contém informações sobre algo que precisamos saber para não nos enganarmos a respeito daquilo que ele descreve.
Se é um medicamento, seu rótulo contém a fórmula com o princípio ativo e indicações completas sobre seu uso, posologia, etc.
Esses são regulamentados por órgãos especializados e responsáveis pela autenticidade que determina seus efeitos.
As informações são sempre corretas, claras e precisas para se evitar efeitos indesejáveis.
Os alimentos, igualmente, possuem rótulos que determinam suas características, validade e composição.
Mas existem outras formas de rótulos que temos que evitar.
Tendemos, por exemplo, a rotular pessoas e objetos, com adjetivos tanto elogiosos quanto depreciativos.
Devemos prestar atenção quando nos referimos a alguém com uma característica que se destaca naquele momento.
Uma coisa é SER. Outra é ESTAR.
São situações completamente diferentes e saber distingui-las é nossa obrigação no meio em que estivermos vivendo.
Por exemplo, uma pessoa que apresenta um quadro de irritação ou nervosismo passageiro não pode ser classificada de agitada ou nervosa. Pode não se tratar de um nervosismo permanente, e sim de uma situação passageira e inusitada, muitas vezes provocada por algo ou por alguém.
Importante é sabermos reconhecer se até mesmo nós não tenhamos provocado uma reação no outro, e nesse caso sempre tendemos a colocar a culpa na sua reação e não na nossa ação.
Não sabemos se uma ofensa pode ter provocado uma reação inesperada para que essa pessoa tenha reagido de forma não habitual.
Não devemos julgar, ou melhor, rotular.
O rótulo é perigoso. Corremos sempre o risco de injustiçar gravemente alguém, até prejudicando-o social, comercial ou financeiramente.
E, muitas vezes, perdemos a chance de uma amizade que poderia ter sido muito proveitosa.
O mesmo com apelidos. Apelidar alguém também pode ser uma forma de juízo precipitado e de rótulo leviano.
Saber lidar com as pessoas e com certas características que não sejam totalmente de nosso agrado é uma arte que temos que nos esforçar para desenvolver, pois só assim conseguiremos superar e sentir a tênue diferença entre o ser e o estar.
Essa é uma chance que a convivência nos dá e que pode nos trazer surpresas agradáveis ao constatarmos que conseguimos distinguir entre uma situação que podemos contornar e uma definitiva que temos que eliminar.
Importante é não nos deixarmos levar pelo preconceito, pela insegurança, medo do desconhecido ou por simples imaturidade.
Pensemos bem antes de rotularmos algo ou alguém que ainda não conhecemos totalmente.
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso