Rótulos

Um rótulo é normalmente uma referência definitiva, pois contém informações sobre algo que precisamos saber para não nos enganarmos a respeito daquilo que ele descreve.

Se é um medicamento, seu rótulo contém a fórmula com o princípio ativo e indicações completas sobre seu uso, posologia, etc.

Esses são regulamentados por órgãos especializados e responsáveis pela autenticidade que determina seus efeitos.

As informações são sempre corretas, claras e precisas para se evitar efeitos indesejáveis.

Os alimentos, igualmente, possuem rótulos que determinam suas características, validade e composição.

Mas existem outras formas de rótulos que temos que evitar.

Tendemos, por exemplo, a  rotular pessoas e objetos, com adjetivos tanto elogiosos quanto depreciativos.

Devemos prestar atenção quando nos referimos a alguém com uma característica que se destaca naquele momento.

Uma coisa é SER.  Outra é ESTAR.

São situações completamente diferentes e saber distingui-las é nossa obrigação no meio em que estivermos vivendo.

Por exemplo, uma pessoa que apresenta um quadro de irritação ou nervosismo passageiro não pode ser classificada de agitada ou nervosa.  Pode não se tratar de um nervosismo permanente, e sim de uma situação passageira e inusitada, muitas vezes provocada por algo ou por alguém.

Importante é sabermos reconhecer se até mesmo nós não tenhamos provocado uma reação no outro, e nesse caso sempre tendemos a colocar a culpa na sua reação e não na nossa ação.

Não sabemos se uma ofensa pode ter provocado uma reação inesperada para que essa pessoa tenha reagido de forma não habitual.

Não devemos julgar, ou melhor, rotular.

O rótulo é perigoso.  Corremos sempre o risco de injustiçar gravemente alguém, até prejudicando-o social, comercial ou financeiramente.

E, muitas vezes, perdemos a chance de uma amizade que poderia ter sido muito proveitosa.

O mesmo com apelidos.  Apelidar alguém também pode ser uma forma de juízo precipitado e de rótulo leviano.

Saber lidar com as pessoas e com certas características que não sejam totalmente de nosso agrado é uma arte que temos que nos esforçar para desenvolver, pois só assim conseguiremos superar e sentir a tênue diferença entre o ser e o estar.

Essa é uma chance que a convivência nos dá e que pode nos trazer surpresas agradáveis ao constatarmos que conseguimos distinguir entre uma situação que podemos contornar e uma definitiva que temos que eliminar.

Importante é não nos deixarmos levar pelo preconceito, pela insegurança, medo  do desconhecido ou por simples imaturidade.

Pensemos bem antes de rotularmos algo ou alguém que ainda não conhecemos totalmente.

Abraços e bom domingo,

Amanda

Publicado em julho 14, 2013, em Inteligência Social e marcado como , , , , . Adicione o link aos favoritos. 2 Comentários.

  1. Perfeito Amanda , temos que tomar cuidado e evitar rotular para que possamos aprimorar as relações .
    Boa lembrança para ficarmos atentos !!.
    Beijos
    Tereza

  2. Querida Amanda, este é um de seus melhores textos. E de grande importância, já que nos alerta sobre comportamentos muito em voga desde sempre. São os rótulos sobre nosso semelhante que geram pessoas, grupos ou sociedades permeadas pelos preconceitos. Ainda levar[a tempo para que a Humanidade supere todos os preconceitos que nos afastam de pessoas e culturas. Infelizmente! Beijos, Regina

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