Arquivo mensal: julho 2014
Vão-se os anéis … ficam os dedos.
Publicado por amandadelboni
Não se trata de conformação, mas de compreensão.
Ditado antigo, que traz uma enorme lição de desprendimento e abrangência, no sentido de valorizarmos o que possuímos, e não nos prendermos a anseios impossíveis de serem atingidos.
Deixamos, muitas vezes, de valorizar aquilo que a vida nos dá, inclusive nossa capacidade de lutar para alcançar nossos objetivos, seja na área material, quanto social, cultural e espiritual.
Se alcançamos resultados pelos quais lutamos, e outros deixaram de acontecer, por que não nos satisfazemos, ao invés de lamentarmos o que não chegou?
Seja em que campo for a nossa luta, procuremos analisar o que alcançamos, se nossa capacidade foi até o limite, pois cada um de nós tem seu nível e sua forma de batalhar por algo a que se propõe.
No sentido material, queremos dizer com esse ditado, que, quando perdemos algo, temos que agradecer porque restou até mais do que necessitávamos, ou porque nem tudo foi perdido.
É a lei da compensação, que temos que reconhecer cada vez que achamos que perdemos algo, valorizando sempre a importância do que nos restou.
Não quero dizer com isso que sejamos conformados, pura e simplesmente aceitando tranquilamente alguma perda, pela qual poderíamos ter lutado para que não acontecesse.
Nada disso, pois acomodação é uma característica que não faz parte da minha personalidade, pelo espírito de luta que me foi incutido desde a infância.
Mas reconhecer quando algo não dependeu de uma luta pessoal, e sim de ocorrências independentes de nossa vontade, e sobre as quais não temos influência, é algo que devemos ter em mente, no sentido de nos conformarmos, e sem insistirmos na idéia errônea de que somos culpados pelo aparente fracasso de uma empreitada.
Medo de perdermos os anéis nos impede, muitas vezes, de conservarmos os dedos.
Façamos o possível para, na verdade, não perdermos os anéis, mas se forem, tentemos reconhecer a benção de termos os dedos, digo, claro, metaforicamente, que representam o que nos resta para seguir adiante e conseguir mais “anéis”.
Não é fácil ter essa visão clara todo o tempo, perante a vida e momentos de perdas, sejam elas emocionais ou materiais, mas como sempre digo, uma vez que usemos nosso raciocínio, valorizemos o que tem valor realmente e não percamos nosso tempo ocupando a cabeça com idéias que não levam a lugar nenhum.
Vamos tentar conservar os anéis?
Mas se eles forem, lembremo-nos de reconhecer que ficaram os dedos 🙂
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
“Faça bem feito para não ter que ser refeito”
Publicado por amandadelboni
Eu, pessoalmente, encontro em alguns chamados “ditos populares” verdades incontestáveis, pois como se diz: a voz do povo é a voz de Deus.
Tem um que acho muito verdadeiro, e sempre que faço algo pela segunda vez, por descuido ou porque não pensei antes, me lembro imediatamente:
“Faça seu trabalho bem feito para não ter que ser refeito”.
Pensando bem, todas as vezes que fazemos algo com pressa, ou sem pensar, reparem que temos que refazer.
Tanto na parte física, como um objeto mal colocado, ou que pretendemos colocar em determinado lugar, e não fazemos isso com o capricho que deveríamos, obrigatoriamente, temos que repetir nosso gesto para que tudo fique como gostaríamos.
Até mesmo se jogamos algo que desprezamos por não nos servir mais numa lata de lixo e fazemos isso apressadamente, o objeto cairá para fora, e temos que nos abaixar para pegá-lo e jogá-lo no local adequado.
Ao invés de gastarmos o tempo necessário, perdemos o dobro, mesmo que sejam apenas alguns segundos, mas se isso se torna repetitivo durante todo o dia, e não somente no sentido de jogar algo, mas em tudo o que fazemos, os segundos vão se tornando minutos e os minutos vão se transformando em tempo útil.
Sem contar que nesse período poderíamos estar fazendo algo mais produtivo do que reparar o que não foi feito corretamente na primeira vez.
“Tempo é dinheiro”, ouvimos desde que nascemos, e devemos aproveitá-lo no sentido de conseguirmos produzir mais, sem termos que corrigir todo o tempo falhas que nós mesmos cometemos.
E isso acontece normalmente por descuido, ou por desejarmos fazer várias coisas ao mesmo tempo, em pouco tempo. É mais produtivo, muitas vezes, demorarmos um pouco mais para desempenharmos nossas tarefas.
Melhor do que repeti-las sempre.
Se saímos com pressa de casa, e esquecemos algo, por falta de organização ou por estarmos apressados, teremos que voltar, e isso nos fará chegar ainda mais atrasados ao compromisso assumido.
Se tivéssemos usado um pouco de tempo para deixar organizada nossa saída, como roupa separada, bolsa arrumada, tudo pronto, enfim, não teríamos que voltar para corrigir nosso esquecimento, e tudo seria feito com mais eficiência.
Sair com afobação resulta, muitas vezes, num nervosismo que pode acabar num acidente de transito ou mesmo num estado de espírito que nos impede de usufruir daquilo que estávamos esperando.
Portanto, tenhamos cautela e planejamento para não termos que repetir sempre as tarefas, e tenhamos em mente que, uma vez planejadas e executadas com eficiência, não precisarão ser repetidas.
Economizaremos, dessa forma, nosso tempo, nossa alegria, nosso bom humor, fatores importantes para o nosso bom viver. E melhor ainda, assim, acaba sobrando tempo para fazermos mais o que nos agrada.
Fazer bem feito para não ter que ser refeito 🙂 É isso ai!
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Cerimônia
Publicado por amandadelboni
Temos diversos tipos de cerimônias: religiosa, datas oficiais do país, fúnebres, oficiais, e também comemorações como formatura, casamento, etc.
Mas hoje, me refiro, especificamente, da “cerimônia” no trato com as pessoas, principalmente com amigos e parentes.
“Não faça cerimônia, esteja à vontade” é uma expressão que costumamos dizer quando queremos que alguém se sinta bem conosco, em nossa casa, ou em algum lugar onde estejamos recebendo ou celebrando alguma data.
Mas penso que, quanto mais íntimos nos tornamos, mais cerimoniosos devemos ser, mantendo um trato sempre cortês, não seco e impessoal, mas com a educação que geralmente usamos com quem acabamos de conhecer.
A intimidade não nos dá o direito da má educação e de se dizer o que se pensa, sem nenhuma censura.
O grande segredo da boa convivência é manter o tratamento polido, usando de delicadeza, se queremos receber o mesmo em troca.
Estávamos exatamente conversando sobre isso num grupo de amigas esses dias, e uma delas me relatou que adotou uma atitude mais cerimoniosa com sua irmã, com quem tinha sempre algum atrito anteriormente.
Ao mudar sua maneira de tratá-la, deixando de usar a intimidade como desculpa, tudo se tornou mais fácil e a convivência mais agradável, sem os possíveis choques que tinham anteriormente.
Sinal de maturidade e raciocínio perfeito, pois ambas passaram a se sentir mais confortáveis no convívio e, provavelmente, se descobrirão cada vez mais, sem as agressões anteriores.
Não me surpreendeu, pois minha amiga que relatava esse fato é uma pessoa brilhante, linda, inteligente, profissional de primeira grandeza.
E chegou a essa conclusão, o que tem lhe agradado muito, pois a convivência ficou mais leve em todos os sentidos.
Sempre mantemos uma certa distância, respeito e “cerimônia” com nossos chefes e amigos mais distantes. Por que nos damos o direito de ultrapassar essas linhas de comportamento com frequência com a família e pessoas mais intimas?
Isso não deveria acontecer. Pelo contrario, quanto mais íntima a relação, mais respeito devemos ter.
Imprescindível, a meu ver, portanto, a cerimônia no trato, sempre e em qualquer situação, para que o convívio agradável seja retribuído de ambas as partes e se possam estabelecer diálogos aproveitáveis, ao invés de se perder tempo querendo modificar algo em alguém quando essa pessoa não pensa e não age como nós.
E também, quem garante que estejamos certos todo o tempo?
Mantendo a disponibilidade de ouvirmos, quem sabe teremos a chance de aprendermos algo?
Mas para isso, temos que deixar de lado a pretensão de acharmos que estamos certos sempre.
Aí, entra também a humildade para saber escutar.
A cerimônia ajuda muito para conseguirmos cultivar a educação de ouvirmos sem interromper, seja com quem for.
Quanto mais íntimos, mais cerimônia!
Essa é a minha filosofia, o que não quer dizer que eu esteja certa, pois não sou dona da verdade, mas vivo assim, e para mim, tem sido muito gratificante.
Abraços e bom domingo 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
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Livre arbítrio
Publicado por amandadelboni
Livre arbítrio significa, na verdade, liberdade de escolha, o poder que cada um de nós tem de eleger sua maneira de interagir e agir durante nossa existência.
O ser humano, na grande maioria de suas ações, tem capacidade de escolha, entre o certo e errado, entre o bem e o mal, de acordo com seus conhecimentos e seus preceitos aprendidos durante sua vida.
E a análise para a livre escolha pode ou não se relacionar com o meio em que se vive.
Fomos premiados com o livre arbítrio desde nosso nascimento, o que nos dá uma grande responsabilidade perante nossos circunstantes, no sentido de tentarmos agir, e podermos suportar as consequências de nossos atos.
Não há duvida: a cada ação corresponde uma reação.
Por isso, sempre temos que pensar antes de tomarmos qualquer atitude, respeitando a opinião do outro, que igualmente possui seu livre arbítrio, se responsabilizando, portanto, por seus atos e suas palavras, e tudo o que resultar de seu posicionamento mediante acontecimentos, idéias e conceitos.
Fica fácil e cômodo responsabilizarmos o acaso pelo que nos acontece, e assim não lutarmos por mudanças e realizações, esperando que o destino, ou seja em que acreditemos, nos faça chegar a resultados desejados ou vitórias cobiçadas.
Aprendemos, desde cedo, que devemos fazer de nossa parte, e desse modo nossa consciência fica tranquila, pois esperar sentados, seguramente não nos levará a caminho algum.
O livre arbítrio é um dom que recebemos gratuitamente, e valorizar esse prêmio é como agradecer um presente material, só que muito maior, pois é uma graça divina.
Mas devemos lembrar sempre que nossa liberdade termina onde começa a do outro, respeitando o espaço, as idéias, as diferenças que sempre encontramos em nosso grupo de amigos e conhecidos.
Nossa vontade não pode e não deve prevalecer, pura e simplesmente porque assim desejamos, independentemente do nível de relacionamento que nos liga a outras pessoas.
Pois, se lidamos com valores e educação diferentes, não podemos aplicar a mesma idéia a todos, indistintamente, e sim, procurarmos adaptar nossa orientação, sem impormos a nossa vontade, mas expressando nossos princípios com carinho e sinceridade.
Inclusive respeitando o livre arbítrio de cada um, sem nos esquecermos das consequências que cada ato imposto pela nossa vontade pode nos trazer.
Por tudo isso, nossos atos e mesmo nosso livre arbítrio devem ser limitados à vida de cada um de nós, sem que prejudiquem a quem nos rodeia.
Temos que aceitar os limites dos seres humanos que nos cercam, reconhecendo as diferenças e vontades de cada um, para uma vivência sadia e até de aprendizado constante.
E se não nos servir o exemplo do próximo, sigamos nossa vontade, arcando sempre com as implicações de nossos atos – que podem ser boas ou más.
Podemos tentar escolher.
Abraços e bom domingo 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
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