Arquivo mensal: agosto 2013
O Energismo
Publicado por amandadelboni
Praticamente desde os 5 anos de idade, quando fui alfabetizada pelo meu pai,
ouço falar da palavra “Energismo”.
Não entendia claramente seu significado, visto que na infância não poderíamos ter a compreensão exata do sentido e da importância dessa filosofia que ele havia criado naquela época.
Mas quando fui crescendo, ele explicava a mim e ao meu irmão que o Energismo defendia a força do pensamento, o desejo de realizarmos nossos sonhos e a positividade em relação ao que planejaríamos executar.
O Energismo, segundo meu pai Alberto Montalvão, é uma doutrina que reconhece a vontade como principal faculdade criadora no Homem e sustenta que todo ser humano, ao nascer, trás, no íntimo de si mesmo, um enorme caudal de forças vivas, das quais não aproveita no decorrer da existência mais que uma parte mínima.
O objetivo principal da filosofia Energista consiste em despertar no ser humano essas energias latentes.
Ele havia estudado Direito também, mas seu maior empenho era mesmo na divulgação dessa filosofia que lhe ocupava todos os pensamentos e toda sua ação.
Como era psicólogo, analisava detidamente o comportamento das pessoas que o procuravam e, nesse caminho, conseguiu ajudar muito a se encontrarem no decorrer de suas vidas.
Escreveu vários livros relacionados com o Energismo, e dava aulas também focando a força da vontade nas relações humanas e relações públicas.
Tenho suas coleções referentes a esse assunto e me orgulho de, algumas vezes, poder folheá-las e beber um pouco de sua sabedoria.
Hoje, eu homenageio sua inteligência, pois com meu blog semanal, alguns de seus ex- alunos e seguidores me procuram para reverenciar sua memória.
O seu gosto e dedicação à cultura fez com que me ajudasse cada vez mais a valorizar o fato de que a vida é um constante aprendizado e não podemos nunca parar de buscar e adquirir conhecimentos, seja em que área for.
“Valemos o que sabemos”, era, por assim dizer, o lema de meu pai.
E nesse aspecto devo muito a ele e procuro seguir sua filosofia de vida.
Sua dedicação ao estudo do ser humano e ao Energismo, assim como sua força de vontade, foi algo que ele conseguiu passar aos seus discípulos sempre que tinha a oportunidade de ser ouvido. E eu, mesmo que inconscientemente quando pequena, fui me tornando um deles e hoje uso desse aprendizado como base da minha inteligência emocional e social.
Reproduzo aqui algumas de suas palavras, escritas na orelha de um de seus livros, “CONSCIÊNCIA DE FORÇA”, publicado em 1951:
“O homem deve ser esclarecido de que, nas profundezas do seu EU, dormem inumeráveis energias que ele pode empregar para a conquista daquilo que mais ambiciona; que todo indivíduo é tanto mais forte quanto maior for a confiança que tiver em si mesmo; deve ter a convicção plena de que possui uma grande soma de energias ocultas que, uma vez descobertas, o auxiliarão em seus empreendimentos.
De posse desse esclarecimento, afrontará a luta com a convicção de sair dele vitorioso: terá energia e vencerá.
Essa teoria, que denominamos ENERGISMO, deveria ser a base da educação moral moderna, mesmo com o risco de criar nos homens essa tendência que se chama de “presunção” que, a nosso ver, é também uma força onde quer que se manifeste, desde que não seja uma tola ostentação de qualidades incompatíveis com o indivíduo.
Ter plena convicção de triunfar pode ser qualificado como presunção, mas é precisamente essa convicção que dá ao indivíduo o primeiro impulso e que ao primeiro sucesso, se transforma numa fé inabalável no seu próprio poder.
Só desenvolvendo a fé nas suas próprias forças é que o homem pode desenvolver as energias”. Alberto Montalvão.
Abraços e um ótimo domingo, repleto de boas energias 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Ação e Reação
Publicado por amandadelboni
Um princípio da física fala exatamente que a toda ação corresponde uma reação.
E isso é uma grande verdade, que não se restringe somente à física.
Falo aqui de nossa vida prática, do ponto de vista de sensibilidade em relação ao nosso próximo.
Pensar antes de agir pode ser um dos grandes trunfos para evitarmos reações com as quais não contávamos, e que podem, portanto, nos surpreender desagradavelmente.
Importantíssimo na nossa maneira de agir é a sinceridade que temos que colocar em tudo o que fazemos ou dizemos, na nossa atitude com as pessoas e com o ambiente que nos cerca. Devemos agir de forma que leve a uma reação positiva da parte do outro.
Tivemos uma experiência a respeito desse assunto com uma funcionária que nos ajudava semanalmente.
Sentimos que ela não poderia continuar nesse trabalho, por diversas circunstâncias que se apresentaram em sua vida, inclusive mudança de endereço, que dificultaria sua locomoção pela distância e, assim, sua performance dentro de nossas necessidades. Não daria certo para ambas as partes.
Fomos sinceros uns com os outros e começamos a buscar uma pessoa para substituí-la.
Um amigo, querendo nos ajudar, telefonou para uma conhecida sua dizendo que uma família estava precisando de uma funcionária uma vez por semana, caso ela tivesse interesse pois sabia de suas necessidades.
Como combinamos dela continuar enquanto os dois lados buscavam uma alternativa, assim que chegou para trabalhar, brincou que soube que estaria se substituindo.
Demoramos um pouco para entender a brincadeira.
Mas não é que esse nosso amigo ligou justamente para essa moça para saber se não gostaria de pegar o trabalho — que já era seu? Ele achou que seria perfeito para ela.
Morremos todos de rir.
Afinal, ele recomendaria exatamente a pessoa com a qual havíamos acertado sua saída.
Agora, imaginemos que tivéssemos agido de má fé e começado a procurar alguém pelas suas costas, de modo que ela própria soubesse por terceiros que iríamos substituí-la?
Seria, no mínimo, deselegante de nossa parte, constrangedor para todos nós e poderia gerar uma reação muito desagradável.
Devemos, portanto, tentar evitar todo e qualquer evento que possa desencadear as consequências para atos impensados.
Toda ação realmente provoca uma reação, e se agirmos correta e honestamente com as pessoas, as reações, normalmente são positivas, mesmo que, às vezes, nem sempre são as que gostaríamos.
E, por outro lado, nossas reações também podem gerar ações positivas no futuro.
Tive um funcionário, muito bom na sua função, mas que descobri numa certa ocasião, que não estava agindo corretamente e mentia em algumas situações, por diversos motivos.
Resolvi, ao invés de despedi-lo sem explicações, conversar com ele e saber do motivo daquela atitude.
Explicou-me que passava por alguma dificuldade, e ofereci minha ajuda, conversamos bastante e resolvi dar-lhe a oportunidade que ele pediu.
Ele nunca esperava essa reação de minha parte, foi surpreendente e deu bons resultados.
Nunca mais tive problemas com esse funcionário, e ele nunca mais cometeu alguma falha de comportamento.
Portanto, estou certa de que em alguns casos, a reação não precisa, necessariamente ser mal colocada, e sim compreensiva, mesmo que a ação tenha nos surpreendido e até nos decepcionado.
Vamos tentar sempre agir com compreensão e transparência. As reações podem surpreender!
Abraços e bom domingo, repleto de boas ações 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Adaptação
Publicado por amandadelboni
O que chamamos de adaptação, para mim, nada mais é do que tentarmos encontrar a felicidade e o bem estar onde estivermos.
Pode ser considerada uma característica que faz com que um organismo se torne capaz de sobreviver e até se reproduzir em seu respectivo habitat.
No reino animal, as adaptações ocorrem com o próprio comportamento desses seres vivos em relação à natureza. Eles agem no sentido de se defenderem contra o frio, a seca e outros fenômenos naturais, ou para sua própria proteção contra os predadores, contra a mudança de clima, etc.
Tem animais que chegam a se camuflar no sentido de sua preservação, tal a importância da adaptação em seu próprio benefício. Alguns chegam a tomar as cores de onde se encontram dificultando assim sua identificação.
Mas, hoje, falo aqui das adaptações do comportamento social humano.
Na nossa vida diária, acontecem mudanças às quais devemos procurar nos adaptar, para não nos sentirmos infelizes.
Mudamos de idade, de anseios referentes à idade, mudamos de profissão, de estado civil, de condições físicas, financeiras, sociais, e vamos nos acomodando de acordo com as novas situações.
Ou nos adaptamos ou sofremos….
Se começamos a procurar as mesmas características, por exemplo, de uma cidade ou de um pais quando estivermos em outro, poderemos correr o risco da eterna comparação que não leva a lugar algum.
Adaptar-se, no entanto, não significa anular nossas opiniões, nem conformar-se com o que se apresenta diante de nós, e sim conseguirmos encontrar encanto e ver o lado positivo onde estivermos em cada etapa de nossas vidas.
Sempre terá o que nos agrade, em algum setor da atividade humana, seja profissional, social, financeiro ou cultural.
Por isso, acho que um sinônimo da definição da palavra “adaptação” é acomodação. Mas não no sentido de comodismo, e sim de desenvolvermos uma certa harmonia com o ambiente, como fazem os animais. Assim, nos ajustamos para convivência e sobrevivência em cada determinada situação que a vida nos apresenta.
Nossa inteligência social requer um ajuste constante, ou seja, para atingirmos uma sobrevivência agradável no meio em que vivemos, precisamos estar constantemente nos adaptando às nossas novas condições e mudanças de vida.
E assim, vamos desenvolvendo também um radar para a “frequência” da adaptação do próximo ao nosso redor e aprendemos a reconhecer rapidamente se há ou não a sintonia necessária para uma nova amizade, relacionamentos amorosos e até um novo trabalho ou funcionário.
Sabemos logo quando alguém a quem proporcionamos um trabalho irá se adaptar ou não ao ambiente proposto. E vice-versa, se vamos ou não nos adaptar a um novo chefe ou uma nova direção numa empresa. Ou até numa roda social.
Uns chegam e ficam mais à vontade, conversando, se apresentando aos demais, tentando se comunicar positivamente.
Outros, no entanto, chegam mais tímidos e, sem se comunicar devidamente, criam para si mesmos uma situação de rejeição até involuntária, mas natural da parte de quem já está no ambiente.
Por isso, creio que todos nós, para conseguirmos viver dentro de um ambiente saudável e de respeito conosco e com o próximo, devemos nos adaptar, todos os dias, às mudanças que nos são apresentadas – e agir de acordo com cada momento e condições presentes.
Recebi uma vez um email com os seguintes dizeres:
“Perguntaram a Buda: O que mais te surpreende na humanidade?
E ele respondeu: os Homens.
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperarem a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro, e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido!”
Adaptarmos ao momento e ao ambiente em que nos encontramos é condição primordial para nossa felicidade e bem estar.
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
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Teimosia
Publicado por amandadelboni
Teimosia é uma característica que tem dois aspectos, como quase tudo.
Usamos o termo “teimosia” para diversas reações, muitas relacionadas com atitudes que, às vezes, não passam de perseverança, ou tenacidade. E nesse caso, a teimosia se torna positiva, pois os persistentes desenvolvem o valor da luta por algo que desejam e acabam realizando.
Não deixa de ser uma força de vontade, aliada à dedicação em realizar algo, objeto de seu desejo.
Até em razão de saúde, ouvimos falar de alguém cuja teimosia desenvolvia sua força com que se agarrava à vida.
Assim, alguma vezes o que chamamos de teimosia, pode ser considerado positivo, quando se trata de persistência no sentido de realizar ou tentar realizar algo a que nos propusemos.
Cultivar a força de vontade e “teimar”, até remando contra obstáculos que nos são impostos, é uma qualidade, mas desde que não prejudiquemos ninguém e nem a nós mesmos.
Muitas vezes comparamos a insistência de algo ou alguma idéia de alguém como a “teimosia de uma mula”. Isso normalmente é dito em tom de brincadeira, sem que ninguém tome como uma ofensa pessoal.
A teimosia não deixa de ser uma obstinação em muitas ocasiões. O perigo é quando a teimosia prejudica um convívio, se transformando muitas vezes até mesmo numa discussão estéril quando insistimos em discutir ou afirmar algo que, na verdade, não teria a mínima importância.
Por exemplo, uma noite estávamos jantando agradavelmente com amigos muito queridos, com os quais adoramos estar juntos.
Numa mesa ao nosso lado estavam várias pessoas e entre elas um casal, ela pessoa de conhecimento do grande público e o marido um médico também conhecido.
Nossa amiga que estava junto nos chamou discretamente a atenção sobre a presença do casal, mais por simpatia do que por curiosidade.
Seu marido disse que não eram eles, que eram pessoas parecidas.
A discussão sobre o assunto tomou um rumo de teimosia que ela parou até de afirmar e resolveu ignorar.
Mas ele não.
Ficou até mesmo meio irritado, olhava e dizia seguidamente, de forma quase obsessiva, que não eram eles, mesmo!
Até que no final do jantar, por curiosidade, discretamente eu resolvi perguntar ao garçom que nos servia se se tratava das pessoas que estávamos pensando. E ele afirmou que sim.
Morremos todos de rir com a situação.
Ao ver que havia se enganado, nosso amigo que insistiu durante todo o jantar que essas pessoas não eram quem imaginávamos, teve uma atitude muito elegante, como não poderia deixar de ser, visto tratar-se de pessoa vivida, educada e de bons princípios.
Pediu, humildemente, muitas desculpas à esposa por ter usado a teimosia como uma forma inadequada de impor sua opinião.
E foi tão genuíno seus pedidos de desculpas que até sugeriu que eu escrevesse a respeito, inspirando assim o blog de hoje.
Aquela noite, mais uma vez, me confirmou uma grande lição que aprendi há muitos anos.
Vamos tentar usar nossa teimosia para algo que valha a pena, para realizar, para informar de maneira positiva, sem nos estressarmos, evitando assim correr o risco de criar um mal estar completamente desnecessário.
E como disse semana passada, vale a pena?
Teimar para realizar, sempre! Por pura teimosia, nunca!
Abraços e bom domingo, sem teimosia 🙂
Amanda
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