Arquivo mensal: junho 2013
Lei da Compensação
Publicado por amandadelboni
Como encarar uma situação, onde achamos que fomos injustiçados ou não fomos atendidos?
Sem ser conformista, creio que as forças divinas, muitas vezes, interferem sem que possamos compreender.
Outro dia estávamos, minha filha e eu, no trânsito e um enorme temporal caiu de repente com uma força incomum, relâmpagos e trovões realmente assustadores, e um perigo iminente do trânsito virar um verdadeiro caos, pelos alagamentos previstos.
Havia também a possibilidade de falta de freios nos carros, os faróis estavam com problemas e, mesmo assim, alguns motoristas corriam mais do que deveriam em função do mau tempo.
Só que para completar, por acaso, pegamos todos os faróis fechados.
Minha filha, então, fez um comentário em tom de brincadeira: “Deus não está do nosso lado hoje”.
E eu lhe disse: “Quem sabe Ele está nos segurando nos faróis para nos evitar um problema maior, uma batida mais à frente ou algo assim?”
Ela concordou e seguimos nosso trajeto para casa, graças a Deus sem maiores problemas.
Tudo é questão de enfoque.
Às vezes, achamos que alguma coisa não se passou como gostaríamos, mas na verdade, não sabemos se a lei da compensação funcionou e saímos ganhando com algo que pensávamos estar perdendo.
Uma amiga estava me contando a esse respeito uma passagem de sua vida bem interessante.
Se casou jovem, e teve uma filha que faleceu de acidente aos 3 anos de idade. O marido não correspondeu ao que ela esperava, criando uma situação de abandono e de desgosto.
Sua vida era de muito sofrimento. Eles se separaram e anos mais tarde, já morando nos Estados Unidos, ela conheceu um rapaz com quem se identificou, e se apaixonaram.
Sem se abater pela experiência anterior, ela superou o trauma, e não se deixou influenciar pelos acontecimentos do passado.
Hoje, ela acredita ter recebido a “compensação” de um grande amor e diz que se não tivesse passado pela primeira má vivência, talvez não tivesse valorizado a próxima relação.
Soube reconhecer que a vida a recompensou de certa forma, até com uma felicidade que não ousava sequer sonhar que um dia poderia vir a ter.
Ela se permitiu viver uma nova experiência, baseada no amor.
E assim, temos que tentar reconhecer quando somos recompensados, mesmo quando aparece um farol vermelho no nosso caminho.
Acreditemos ou não, sempre aprendi e comprovei por experiência, que Deus, muitas vezes, escreve certo por linhas tortas.
Vamos ser agradecidos pelas compensações em nossas vidas. Elas chegam diariamente de formas diferentes. Basta sabermos enxergá-las.
Abraços e bom domingo 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Incompatibilidade
Publicado por amandadelboni
Incompatibilidade: palavra que pode ser extremamente importante e até mesmo vital.
Quando se trata, por exemplo, de incompatibilidade de substâncias como medicamentos, podemos ter reações imprevisíveis, que podem nos custar problemas gravíssimos de saúde.
Cuidados até excessivos com medicamentos a serem ingeridos nunca serão demais, pois um descuido pode ser muito perigoso.
Por isso, recomenda-se nunca se fazer uso da automedicação para se evitar esse tipo de consequências, às vezes irreparáveis.
Também no campo da saúde, encontramos incompatibilidade entre pessoas que necessitam de transplantes de órgãos ou doação de sangue, e cujos testes de compatibilidade são vitais.
Já outro tipo de incompatibilidade – não tão vital mas também muito importante – é em relação ao temperamento de pessoas que convivem. Seja de que natureza for a ligação, de uma forma ou de outra, se elas têm temperamentos incompatíveis, a convivência se torna difícil – pela própria maneira diferente de encarar a vida e os princípios.
E já conheci pessoas que se sentiram incompatíveis até mesmo com a própria profissão que não escolheram, e sim que foi escolhida pelos seus pais.
Conhecemos pessoas que nunca atingiram o sucesso esperado, justamente por não terem optado por uma atividade que representaria seu objetivo de vida. Fato é, acabaram numa profissão que não era a escolhida, e fracassaram.
E isso gera frustração e, muitas vezes, um outro tipo ainda pior de incompatibilidade.
Por exemplo, talvez para darem uma satisfação à sociedade, algumas pessoas convivem em ambientes que jamais as encantariam, mas que julgam necessário para não destoar do círculo ao qual pertencem.
Tem gente, por exemplo, que não tem a menor vocação para golfe ou outro esporte, e acaba fazendo parte de um grupo para se sentir mais aceito e pertencer a uma determinada equipe.
Claro que alguns se identificam a tal ponto que aquela atividade pode até mesmo se tornar um prazer.
Mas se não houver essa integração, a incompatibilidade custa caro, não só no sentido financeiro, mas na frustração que sentem ao constatarem que nada os satisfez ou que nada lhes acrescentou.
O que fazemos simplesmente por obrigação nos frustra, nos aborrece e não temos nenhum prazer, exatamente pela atividade ser incompatível com nossa maneira de viver e de pensar.
No sentido mais leve da palavra, vemos pessoas, por exemplo, que se vestem de maneira incompatível com o ambiente que frequentam, como se ignorassem as mínimas regras de elegância e adequação.
O bom gosto tem que se adequar exatamente a cada situação e a cada ambiente em que estamos para evitarmos o ridículo, que às vezes nos custa uma amizade, se ela for tênue e se calcar somente na aparência. É triste, mas é assim.
Por isso, tento sempre buscar pessoas compatíveis para conviver, e isso independe da condição social e financeira.
Mas é importante lembrar que a primeira impressão, às vezes, pode iludir – criando uma expectativa de compatibilidade ou incompatibilidade.
Só o tempo pode mostrar ou não a possibilidade de uma convivência agradável.
Espero e tento, sinceramente, ser compatível com vocês, queridos leitores 🙂
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
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Senso de oportunidade
Publicado por amandadelboni
Quando falamos que alguém teve “senso de oportunidade”, normalmente queremos dizer que a pessoa foi oportuna ao resolver uma questão, ou não importunou ninguém, e ainda melhor, não teve um comportamento impróprio ou inconveniente.
Inconveniência é uma atitude que me incomoda demais. Aliás, nem gosto muito dessa palavra. Quando eu era criança, estava sempre atenta para tudo o que me rodeava, e minha avó paterna me chamava muitas vezes de inconveniente.
E ela dizia isso sem nenhum pudor, na minha presença, e era exatamente pelo fato de que eu opinava acertadamente em alguns assuntos.
Obviamente ela teria alguma razão, pois eu falava mesmo sem ser consultada. Mas na maioria das vezes, minha opinião não era totalmente fora de propósito, e era exatamente isso que a incomodava. Só que, evidentemente, eu não tinha o senso de oportunidade que a maturidade nos confere.
E é esse senso de oportunidade, que surge com a maturidade, que influencia muito na nossa convivência com as outras pessoas.
Sabemos que até os animais têm esse senso.
Tive uma experiência interessante nesse sentido.
Minha filha tem dois cães maravilhosos, mas um deles, que ainda é jovem e muito animado, fica, em algumas ocasiões, de certa forma inconveniente por querer participar de tudo ao seu redor.
E como é carinhoso, está sempre se colocando próximo de nós, onde quer que estejamos. Mas é muito grande e pesado, por isso sempre tomamos algum cuidado com sua aproximação.
Mas foi fantástico num dia em que um de nós não estava bem disposto, tomando alguma medicação e ele ficou absolutamente quieto, comportadíssimo, como se entendesse que não deveria incomodar naquele momento.
Simplesmente ficou deitado em sua caminha, sem se aproximar, sem incomodar, como se estivesse colaborando com a delicada situação. De vez em quando levantava a cabeça, como se quisesse saber notícias do andamento de tudo.
Emocionante, inesquecível e surpreendente, principalmente vindo do Boni.
Mas infelizmente esse senso quase inato de oportunidade não acontece sempre com as pessoas.
Tem gente que fala alto nos cinemas e teatros, em hospitais, onde justamente se pede o silêncio necessário para que outras pessoas possam usufruir de uma calma necessária para entender o que está se passando, seja em que circunstância for.
Existia até uma expressão jocosa a respeito, quando se dizia que as pessoas que se comportavam dessa maneira estavam com o “desconfiômetro” avariado.
E assim, também devemos desenvolver esse senso de “desconfiômetro” quando nos deparamos com alguém que precisa de nossa atenção e compaixão.
Vamos nos lembrar de que não temos o direito de ignorar, e sim tentarmos discernir ocasiões em que podemos ou devemos ter a participação, e emitir opiniões sem agredir a outra parte.
Mas muitas vezes, encontramos pessoas que emitem sua opinião sem serem solicitadas, o que pode causar grande constrangimento em quem recebe a sugestão espontânea.
Aí é que entra nosso senso de oportunidade, o discernimento da ocasião apropriada para se opinar.
Abusando da boa vontade de meus leitores, espero que meu senso de oportunidade esteja me levando ao caminho correto em relação aos meus blogs. 🙂
Abraços e bom domingo
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Solidariedade
Publicado por amandadelboni
Ser solidário com alguém não quer dizer apoio e cumplicidade incondicional.
Nem significa ser conivente com algo que não faz parte de nossa personalidade ou do nosso ideal de vida.
Se não concordamos com alguma atitude ou idéia que poderia ser prejudicial a alguém, não podemos e nem devemos ser solidários simplesmente para sermos agradáveis com quem nos solicitou.
Isso seria uma falsa solidariedade, que poderia prejudicar ao invés de ajudar.
Mas colaborar, seja com idéias, ajuda financeira ou social ou com alguma participação sem cobrança adicional, isso sim, é se solidarizar e, por consequência, ajudar.
Apoio numa situação de emergência, por exemplo, onde uma demora na decisão pode ser extremamente prejudicial, também é importante. É uma atitude de solidariedade elogiável.
A solidariedade, muitas vezes, pode, de fato, ser interpretada como caridade, pois implica em auxílio, seja financeiro ou de outra categoria.
Falo aqui também da solidariedade indireta, através da qual ajudamos instituições e entidades que arrecadam recursos de diversas formas.
Claro que tudo isso demanda nosso tempo físico, e sabemos que nos dias atuais, é o que mais nos falta. Quase ninguém dispõe de tempo para se ocupar muito com o próximo, mas num esforço de vontade, e deixando de lado o sentimento de egoísmo, podemos encontrar tempo para nos dedicarmos e conseguirmos apoiar o nosso próximo sem que isso nos prejudique.
Prestemos atenção aos amigos que conosco convivem no dia a dia, nos nossos funcionários, e, principalmente, se somos solicitados, devemos atendê-los sempre que possível.
Se não pudermos ser solidários, devemos ser, pelo menos, bons ouvintes.
E se discordamos do que nos é apresentado, se não pudermos ser solidários, que pelo menos sejamos delicados até na recusa da solicitação.
Devemos entender que a solidariedade não se resume somente ao apoio material. Muitas vezes, só o fato de se propor a ouvir e tentar aconselhar alguém que nos procura, já pode gerar um grande conforto.
Esse conforto pode, muitas vezes se traduzir, até mesmo num abraço, ainda que silencioso.
Recebi esse tipo de conforto, por exemplo, na época do falecimento de minha mãe.
As visitas dos amigos eram recebidas por mim como um exemplo raro e importante de grande solidariedade numa ocasião em que quase nada me recompensava sua ausência.
E quando saiam de minha casa, eu me sentia extremamente reconfortada pelas palavras bonitas que havia escutado a respeito de um ser tão querido.
Tentemos praticar o mais que possamos a solidariedade em qualquer circunstância que se apresente em nossas vidas.
Tenho certeza de que essa atitude nos trará um grande conforto interior.
Abraços solidários e bom domingo 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Guardar rancor
Publicado por amandadelboni
Uma vez eu li algo que me impressionou e que considero muito verdadeiro:
“Guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com intenção de atirá-lo em alguém. É você que se queima”.
Problema sério que significa, na verdade, falta de capacidade de perdoar.
E é uma atitude sem nenhuma nobreza, sem grandeza e sem caridade.
Todos estamos sujeitos a ter atitudes intempestivas, a falar o que não falaríamos se tivéssemos raciocinado melhor, e , na maioria das vezes, nos arrependemos.
A pessoa que se acha ofendida, muitas vezes não quer esquecer, e deveria, pois alimentar a raiva não leva a nenhum caminho produtivo e nem melhora nossa disposição mental. Pior, envelhece nosso aspecto físico também.
Todos estamos sujeitos a ter reações que não programamos e para as quais, muitas vezes, nem estamos preparados.
Por isso temos que estar dispostos a aceitar reações nem sempre agradáveis de pessoas com as quais temos contato, seja profissional, pessoal ou social.
Penso que temos que procurar analisar cada situação com isenção de ânimos, sem nenhuma tendência, e procurar entender a razão de uma atitude inesperada.
Nunca sabemos se a pessoa em questão teve algum problema grave naquele momento e que serviu para desencadear uma reação inusitada.
Se procuramos entender, fica mais fácil deixar o rancor de lado.
Claro que tem ofensas imperdoáveis, quando se trata de nossa honra, uma mentira que possa nos prejudicar o futuro ou nossa condição de amizade com alguém a quem amamos.
Mas tem o que chamamos comumente de “fofoca”, e que pode ocasionar uma inimizade com quem queremos bem, e que, muitas vezes, nem nos dão a chance de nos defendermos.
Agora, se a pessoa responsável por algum mal estar, nos procura e demonstra arrependimento pelo que possa ter nos causado, creio ser nossa obrigação moral de tentar entender e não guardar rancor.
Conhecemos dois amigos que cresceram juntos e eram muito próximos na infância e na juventude. Um mal estar que nunca ficou bem explicado fez com que nunca mais se falassem.
Durante muitos anos, um deles sempre tentava uma aproximação, sem resultado ou chance de perdão.
Os circunstantes jamais entenderam a razão de tanto rancor.
As famílias continuaram a conviver, mas eles realmente nunca conseguiram reatar a amizade que os uniu durante uma parte de sua vida.
Morreram ambos com o rancor servindo como pano de fundo durante o tempo em que viveram.
Será que valeu a pena perder o carinho e amizade de alguém pela incapacidade de perdoar?
Saber perdoar é o primeiro ingrediente para se viver em paz 🙂
Perdoe alguém hoje. Vai lhe fazer bem!
Abraços e bom domingo,
Amanda
Publicado em Inteligência Social
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