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O Inesperado
Publicado por amandadelboni
O inesperado nos aparece sob vários aspectos, e o grande desafio é saber lidar de forma adequada com cada situação.
Ele agride nossa capacidade de previsão, e por isso a dificuldade momentânea que nos surpreende e, por vezes, nossas decisões ficam prejudicadas.
Um destes dias fui surpreendida, alegremente, com um convite vindo de um casal querido para irmos a um concerto no Teatro Municipal assistir a um raro espetáculo.
O convite era para aquela mesma noite, e aceitamos com prazer.
Foi maravilhoso, seguido de um jantar também alegre e de alto nível.
E foi um comentário da amiga que me inspirou este blog:
“Como você sabe lidar bem com o inesperado”, disse ela.
Me contou que tem pessoas que não aceitam convites de última hora, e chegamos à conclusão de que essas são as que perdem boas chances de se divertir, por pura insegurança.
Eu lhe respondi que foi um inesperado muito bem-vindo e que estaremos prontos para aceitar sempre que nossas agendas permitirem tão maravilhosos convites.
Já recebemos convites inesperados até de casamento, que chegaram com pouca antecedência por erro do correio, novas amizades ou até distração mesmo do organizador responsável que muitas vezes não é o nosso amigo, e sim uma empresa que pode falhar.
Penso, que bom que o erro foi corrigido em tempo para compartilharmos desse momento de felicidade, de esperança para o início de uma nova vida que se aproxima. Tornou-se uma surpresa feliz.
Por que nos ofendermos?
Amizades vivem fases, às vezes mais intimas e próximas, e às vezes mais distantes.
O inesperado alegre deveria ser sempre bem-vindo. O desagradável é quando o inesperado se apresenta em situações de tristeza, o que nos atinge mais, e tende a nos deixar sem ação imediata pela própria surpresa que representa naquele momento.
Mas, na verdade, se estamos preparados emocionalmente, o inesperado pode ser amenizado.
Se tratando de doença, por exemplo, podemos surpreender o inesperado, se tivermos cuidado de seguros, médicos que já tenham nos atendido, hospitais de nossa confiança e outras medidas para suportarmos melhor a chegada de algo inesperado e indesejado.
Uma desilusão amorosa também pode chegar, muitas vezes inesperadamente.
Suportar o acontecido é sempre muito difícil. Requer sabedoria para enfrentar a situação e as mudanças que normalmente ocorrem em consequência de uma separação.
Nesses casos, o inesperado se apresenta, muitas vezes, na forma de um afastamento de amigos com quem se contava e que misteriosamente não aparecem mais.
E, na maioria dessas ocasiões, a mulher, principalmente, se vê muito só, pois a discriminação ainda existe, parece incrível, nestes tempos que correm.
Os amigos que eram inseparáveis discretamente escolhem o lado de um dos cônjuges, e inesperadamente não tem mais tempo para o outro.
É preciso um preparo e uma disposição especial para lidar com o “Senhor Inesperado”.
Mas também podemos surpreendê-lo, tomando atitudes maduras e nos responsabilizando por elas.
Inesperadamente, me alonguei um pouco, o assunto me fascina 🙂
Um abraço e ótimo domingo,
Amanda
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Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso
Surpresa
Publicado por amandadelboni
Sempre escutei minha mãe dizer: “De onde não se espera é que vem”.
Concordo plenamente.
Muitas vezes, pensamos poder contar com a ajuda de alguém em uma situação especial, nem que seja simplesmente sua presença, e a pessoa não vem.
Em compensação, numa ocasião difícil, chegam pessoas que nem imaginávamos, oferecendo seu carinho, e aqui nem falamos em ajuda financeira, mas o carinho que naquele momento tanto estávamos necessitando.
A reação das pessoas à surpresa sempre me surpreende.
Enquanto pode ser algo muito agradável e prazeroso para alguns, pode também servir de extremo constrangimento para outros.
Tem quem goste, por exemplo, de surpresas, e as receba com carinho, mas já vivi o desapontamento de organizar uma festa onde a homenageada recebeu o ato com enorme irritação e desaprovação. Até os convidados perceberam o fracasso da empreitada. Aprendi a lição e atualmente tomo muito cuidado antes de programar uma festa surpresa.
Eu, pessoalmente, adoro ser surpreendida pelas pessoas, ainda mais quando a imagem de alguém não tem nada a ver com a realidade.
Quantas vezes alguém diz, fulano é metido? Ai conheço a pessoa e constato que é uma pessoa extremamente simples, de trato muito fácil – mas tímida.
Claro, o contrário também pode ocorrer. Já conheci pessoas aparentemente adoráveis que no convívio mais intimo se mostram dificílimas – uma surpresa negativa, principalmente em viagens.
Para evitar surpresas desagradáveis, adoto uma política de vida de baixa expectativa sem o devido conhecimento prévio, ou seja, evito o pré-julgamento em todos os sentidos.
Temos que ter em mente que as pessoas não podem nos dar o que não possuem.
Sempre escuto de amigos que ficaram chateados que outros não lhe deram um presente bonito no aniversário. Mas, às vezes, pode não ter sido por esquecimento e, sim, por dificuldade financeira do momento.
Como alguém que está atravessando uma crise financeira pode oferecer algo que custe dinheiro e que provavelmente vai lhe fazer falta?
Se achamos que é má vontade sem conhecermos o real motivo, nos surpreendemos e nos decepcionamos – às vezes injustamente.
Um exemplo que nunca esqueci foi de amigos queridos que estavam passando por uma tremenda crise financeira, o que mudou por completo sua vida social. Pararam de convidar e de ser convidados por muitas pessoas com quem conviviam frequentemente.
Ficamos, portanto, surpreendidos e felizes quando o casal nos convidou para jantar em sua casa um dia.
Serviram saladas. E nós adoramos. Estavam deliciosas. A noite foi agradabilíssima e nos divertimos demais.
Emocionada, lhes digo que esse foi um dos melhores jantares de nossas vidas, uma surpresa tão linda da qual nunca nos esqueceremos.
Uma das grandes armas para não nos surpreendermos ou nos decepcionarmos é não termos expectativas com o que e quem não conhecemos e ao mesmo tempo saber o que esperar do que e quem conhecemos de forma realista, sem cobrança.
Assim evitamos as surpresas desagradáveis e não nos ofendemos sem necessidade.
Às vezes, nem sabemos o porque de uma reação inesperada de outras pessoas. Se soubéssemos, talvez desculpássemos uma atitude que taxamos de antipática ou que achamos desmerecida.
Se não temos conhecimento dos problemas que essa pessoa estaria atravessando e que podem determinar uma atitude que não esperávamos, nossa reação pode ser de surpresa e decepção.
Por outro lado, se já conhecemos há mais tempo pessoas que agem sempre de maneira estranha, não nos surpreendemos.
Ou as compreendemos e aceitamos, e as amamos como são, ou interrompemos a relação. Não tem outra alternativa.
Desculpem se os surpreendi 🙂
Bom domingo
Abraços,
Amanda Delboni
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Prioridades
Publicado por amandadelboni
Prioridade é essencial para se obter sucesso profissional, pessoal e social na vida.
Uma frase muito comum é “não tenho tempo”. Mas tempo é relativo. É tudo questão de prioridade naquele momento.
Uma das maiores lições para se desenvolver a inteligência social é justamente aprender a priorizar as atividades, seja qual for o âmbito dos compromissos, de uma reunião com um cliente a um almoço com uma amiga.
E um dos grandes desafios é conseguirmos distinguir entre todas as prioridades da vida moderna para que nossos compromissos sejam cumpridos integralmente, de acordo com a importância e a urgência que se fazem necessárias.
É praticamente impossível estabelecer o mais urgente e principal em nossas atividades diárias, sem optar pelo que achamos o mais importante, ou necessário.
As prioridades, na maioria das vezes, estão diretamente ligadas às nossas opções e interesses. Todos nós optamos por fazer uma coisa ao invés de outra e estarmos em um lugar ao invés de outro.
Temos também que reconhecer e aceitar quando não somos a prioridade de alguém em algum momento. Não há nada de errado com isso.
Na vida profissional, precisamos determinar as prioridades do trabalho que deverão ser apresentados no prazo combinado e analisar o que nos tomará mais tempo, mesmo porque sempre dependemos de trabalhos de terceiros enquanto outros dependem de nós. E se prometemos resultados, temos a obrigação de cumprir.
Na agenda pessoal, tentamos coordenar encontros, a família, as compras, o horário do dentista e do médico, os exames, o cinema, o teatro, as aulas, a leitura que preenche nossa vida e outras atividades que nos dão prazer.
Para encontros com amigos, como definir a prioridade dos convites que lhes fazemos e aqueles que recebemos?
Eu determino minhas prioridades sociais de acordo com as retribuições que tenho o prazer de fazer, e sempre priorizo visitas a amigos adoentados, ou que se encontram em hospital para algum tratamento ou cirurgia.
Quem está debilitado por algum mal estar se sente mais confortado ao ver um rosto amigo. E amizade, para mim, é sagrado.
Sou extremamente grata quando estou com a saúde prejudicada e recebo uma visita amiga, pois tenho consciência de que aquela pessoa deixou de fazer algo para me confortar. Ela fez uma escolha consciente de uso do seu tempo, e fui sua prioridade naquele momento.
Outro aspecto de prioridade para mim é quando sou convidada para uma cerimônia formal, seja, por exemplo, casamento, batizado ou homenagens especiais. E se tiver que escolher – por conflito de horário com outros compromissos inadiáveis — entre a festa e a cerimônia em si, vou na cerimônia. Considero extremamente deselegante as pessoas faltarem às cerimônias e irem diretamente às festas correspondentes.
Eu tento coordenar os meus horários para que um compromisso não fique prejudicado por outro. Se a agenda está cheia, de compromissos que escolhi marcar, acordo cedo e tento seguir todos os horários pontualmente.
Ninguém me obrigou a marcar 10 coisas em um dia. Se eu o fiz é porque consigo comparecer a todos de acordo com as minhas prioridades do momento.
Por tudo isso, priorizar os compromissos é uma arte que temos que cultivar para tornar nossa vida mais simples e ter consideração com o próximo, que também tem seus próprios compromissos e suas prioridades, e que nem sempre somos nós.
Agradeço por dispor de alguns momentos para ler meu blog que foi uma prioridade para mim.
Ótimo domingo e Feliz Dia dos Pais,
Amanda
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