Arquivo mensal: março 2016

Ser feliz ou ter razão?

Muitas vezes teimamos em nos convencer — a nós mesmos ou aos outros — de que temos razão naquilo que estamos tratando ou discutindo, assuntos os quais podemos até dominar.

Mas será que basta estarmos corretos? Mesmo tendo certeza do que estamos debatendo, vale a pena uma determinada discussão que pode ocasionar em certas ocasiões até uma inimizade, ou um mal estar que prejudicaria a convivência antes tão agradável e respeitosa?

Devemos pensar bem antes de entrarmos numa discussão estéril e cujos resultados, possivelmente, nem beneficiariam na mesma proporção dos aborrecimentos causados e, ao contrario, poderia mesmo provocar um corte numa relação antes tão proveitosa, espiritual e materialmente.

Essa relação entre amigos deve e tem que ser respeitada e cheia de bons propósitos para que possa durar, dentro do espírito de amizade e cooperação desinteressada, que fazem com que os amigos continuem sempre a fazer parte de nossa vida.

Se batalhamos inutilmente para termos sempre razão, estaremos nos arriscando a criarmos um mal estar desnecessário e que pode não ter volta, até mesmo arranhando uma amizade que teria tudo para ser duradoura.

Por isso, ter razão não justifica querermos impor nossa idéia, seja em que assunto for que esteja sendo abordado naquele momento.

Quem solicita nosso ponto de vista, também, normalmente, conhece o assunto que colocou em questão naquela ocasião, e às vezes só quer ouvir o nosso.

Não quer dizer que nos seguirá, mas precisa nos escutar, portanto, limitemo-nos a dar nossa opinião, mesmo que ela não seja acatada.

Temos que tentar não nos sentirmos felizes à custa de querermos impor nossa opinião ou idéias já arraigadas, e que podem não estar certas, pois não somos donos da verdade.

E temos que estar conscientes de que não somos infalíveis e cultivarmos a humildade de aprendermos sempre que paramos para escutar e nos convencermos de que o nosso próximo pode estar mais certo do que nós.

O que não é fácil, pois a vaidade é uma característica que, em certas ocasiões, costuma dominar nosso espírito e nossa maneira de agir, e provocar, portanto, atitudes que podem gerar resultados inesperados.

Temos que tomar muito cuidado com atitudes precipitadas, pois mesmo tendo razão, estaremos sujeitos a provocar reações inesperadas, que podem comprometer toda uma situação e não nos deixar corrigir algo que só vemos quando não temos mais condições de mudar.

E ai, não adiantaria termos razão, se não podemos influir numa situação que pode, muitas vezes, afetar uma vivência, um emprego, uma convivência amorosa ou amistosa.

Nunca é agradável ou saudável se perder uma amizade ou até mesmo um grande amor.

Vamos, portanto, nos cuidarmos para que a convivência não se transforme numa arma que passemos a construir contra nós mesmos.

Abraços e bom domingo, pensando bem: queremos ser felizes ou ficarmos com nossa razão?

Feliz Páscoa 🙂

Amanda

 

Voz da consciência

Se escutarmos sempre, ou tentarmos fazê-lo toda vez que tomamos alguma atitude que nos leva a alguma dúvida se agimos bem, ou se devíamos ter nos comportado de maneira diferente em determinada ocasião, poderemos nos sentir mais confortáveis.

A voz da nossa consciência é muito forte, e se não a ouvimos é porque estamos ignorando-a, pois talvez seja mais conveniente.

Ela, normalmente, nos diz se estamos certos ou errados, só que muitas vezes, não combina com o que queremos fazer, e nesse caso preferimos ignorá-la.

É mais oportuno não ouvi-la do que termos que mudar nossa atitude naquele momento.

Temos que julgar com isenção de ânimos, se devemos ou não, dentro de nosso raciocínio, fazer o que ela nos sugere, ou se devemos escutar o que nos diz nosso instinto, e para isso temos que ser muito racionais, para tentarmos errar o menos possível.

Nossa consciência pode nos emitir uma idéia de como devemos interferir ou não em situações decisivas, e isso, muitas vezes, se torna extremamente perigoso de errarmos em nosso juízo e também de tomarmos atitudes que não sejam muito apropriadas para a ocasião que se apresenta naquele momento.

É como se alguém de fora nos estivesse dizendo o que devemos fazer, mas precisamos, para isso, ficarmos atentos, pois nossa consciência pode nos dizer algo com que não concordamos e, nesse caso, fingimos não escutar e agimos da maneira que queremos.

E não adianta nos arrependermos depois, pois o tempo não volta.

Aguentemos as consequências, que muitas vezes são duras e podem até mesmo mudar nossa vida.

Que fazer?

Tentarmos ouvir quando nossa consciência nos alerta, e como ela é silenciosa, fica mais difícil. Precisamos nos acostumar a escutá-la. Se torna um exercício de boa vontade, para que consigamos resultados que nos deixarão felizes, e em alguns casos, realizados.

Isso é o que nos diferencia dos animais: sabemos quando fazemos o mal e nos entristecemos e também quando fazemos o bem, e isso nos alegra.

Mas, para isso a consciência deverá ser bem formada, pois ela está sujeita à influência do meio em que vivemos.

Claro que, nem sempre o que pensamos seja o adequado na concepção de outras pessoas, mas é aquilo que aprendemos desde que nascemos e é a nossa concepção de acertos e de erros.

Dentro do que acreditamos, devemos defender o espírito de correção e tentarmos fazer com que nossa consciência possa nos ditar aquilo que consideramos o apropriado na nossa criação, como fomos orientados e educados.

Não devemos nunca agir como “donos da verdade”, mas tentemos seguir de acordo com o propósito de acertar, dentro da moral e bons costumes aprendidos com nossa família e nossa vivência.

Abraços e bom domingo, prestando atenção na voz que nos chega de nossa consciência 🙂

Amanda

Alegrias e dores

Sobre esse assunto existem algumas discussões a respeito.

Claro que nos momentos de alegria podemos nos expressar com muita facilidade, pois o próprio ambiente nos inspira e nos faz dizer coisas bonitas, elogios, etc, e com muita sinceridade.

Mas existem momentos na vida de todos nós, onde as palavras se tornam difíceis e nossa voz não sai, ficamos mesmo engasgados, sem palavras que possam exprimir os sentimentos que a situação triste nos inspira.

Será que conseguimos nos expressar quando temos que dizer algumas palavras adequadas em ocasiões dessa natureza?

Alguns realmente travam quando se encontram nesse tipo de situação, e sabemos que algumas perdas transformarão a vida das pessoas envolvidas em determinada conjuntura.

Como dizer de nossa lástima quando vemos amigos passando uma tristeza difícil de ser superada e onde não há nada a fazer para modificar determinado momento? Só podemos tentar amenizar a passagem triste do tempo, expressando sempre nosso carinho, assim ajudando a passar o tempo, que, como dizem, é o melhor remédio.

É um contraste falarmos de alegrias e dores, mas, por isso mesmo abordo esse assunto, tentando reforçar a idéia da importância de tentarmos oferecer aos nossos queridos amigos momentos alegres que possam ajudar a diminuir seu sofrimento.

As alegrias podem ser passageiras, mas não se pode anular o tempo que desfrutamos delas.

Toda alegria que possamos vivenciar é válida, seja por pequenos eventos que presenciamos, seja por pequenos acontecimentos que nos façam felizes, lembrando-nos de que tudo o que se refere a reação de felicidade é muito pessoal e intransferível, pois o que nos faz felizes, muitas vezes para outros nada significaria.

Nem sempre o que vale para uma pessoa, inspira o mesmo para uma outra.

O que deve, sim, constituir algo de importante para nós é aprendermos a valorizar nossos momentos de alegria com membros de nossa família e nossos amigos, não exigentes em excesso, claro, com espírito de luta para conseguirmos o que pudermos dentro de nossas possibilidades.

Lembrando sempre que devemos lutar pelo que queremos, mas temos que aprender a querer aquilo que nossa aptidão possa realizar, evitando assim, as dores que poderão advir de algo que consideremos fracasso.

Abraços e bom domingo, com muitas alegrias e menos dores, se pudermos evitá-las 🙂

Amanda

Defesa e Consolo 

Sempre aprendemos que é nossa obrigação moral defender aqueles que fraquejam e não nos esquecermos de consolar aqueles que choram, que estão tristes, que passam por problemas que, em sua concepção são insolúveis, ou mesmo difíceis de serem solucionados.

Não devemos e nem podemos ignorar as pessoas que, de uma forma ou de outra, fazem parte de nossa vida, de nosso convívio, ou que simplesmente, sem muita intimidade, nos inspira a prestar nossa ajuda, mesmo que seja com palavras, o que, na verdade, não tem o mínimo custo material.

Muitas vezes, gastamos nosso tempo com assuntos e especulações que não levam a nada, e não auxiliam a ninguém.

Por isso não temos o direito de nos negarmos a defender alguém que, mesmo sem nenhum sacrifício de nossa parte, precisa de palavras que podem mudar até mesmo o ritmo de uma vida, ou de uma carreira.

E, muitas vezes, nada nos custa um gesto de boa vontade, quando vemos uma pessoa que não merece receber uma ofensa ou um mau comentário, e conseguimos exprimir nossa opinião de forma que possa mudar o conceito de quem foi inconveniente, ou até cruel.

Seguidamente ouvimos uma interpretação sobre um fato que tenha gerado uma idéia falsa sobre determinada situação, e, se nesse caso, somos mesmo de certa forma instados a emitir uma opinião, devemos fazê-lo com isenção de ânimos, mesmo que não sejamos tão amigos e queridos da pessoa em questão.

Tentarmos ser justos mediante uma situação difícil, e agir em defesa de uma injustiça, ou de uma idéia que temos certeza não ser verdadeira, é mesmo uma obrigação nossa como seres humanos que somos.

E defensores de uma verdade, que, muitas vezes, a pessoa que cometia a injustiça não tivesse total conhecimento da situação em questão naquele momento.

Na verdade, os que se sentem ou estão mais fracos, seja porque motivo for, são os que mais necessitam de nosso apoio, emocional ou de outra natureza, talvez até financeiro, e devemos fazer o que estiver dentro de nossas possibilidades, de boa vontade e sem cobrança inútil.

Palavras de consolo, quando chegam em ocasião especial e no momento em que estamos fragilizados, podem transformar toda uma situação de desânimo e até mesmo de uma indisposição física ocasionada por um determinado momento de estresse emocional, seja por alguma perda ou por algum insucesso para o qual não estivéssemos preparados.

Por tudo isso, devemos estar sempre atentos se, com algum gesto de apoio, mesmo que somente emocional, possamos consolar uma pessoa que, naquele momento esteja necessitada.

Lembrando que alguém que acaba de sair de alguma situação difícil poderá estar com sua sensibilidade a flor da pele.

Por isso mesmo, temos que encontrar o momento adequado no qual possamos ajudar, seja com palavras que consolem, seja com atitudes mais objetivas, através das quais a pessoa se sinta melhor, sabendo poder contar com nosso apoio incondicional.

Ou, se a pessoa estiver se colocando em situação defensiva, por timidez ou por respeito em não querer incomodar o amigo, procuremos atingir sua emoção, com o carinho e amizade que possamos demonstrar, e, dessa forma, ela saberá que pode contar com nosso apoio.

Abraços e bom domingo, defendendo nossos amigos e consolando-os sempre que possível 🙂

Amanda