Arquivo mensal: agosto 2016

Exame de consciência

Muito importante nos submetermos, sempre que possamos, a um exame de consciência, pois mesmo que seja breve, nos leva, muitas vezes, a tomar atitudes adequadas a muitas dúvidas para as quais podemos encontrar soluções.

Não é tarefa fácil, pois somos sempre sujeitos a atitudes unilaterais, tentando nos livrar de certas pequenas culpas, dificuldade de julgamento quanto a nossa maneira de viver e de nos comunicarmos, afim de dirimir dúvidas que nos atormentam e das quais temos dificuldade em nos libertar.

Mas se queremos ser justos, temos que raciocinar livres de nos colocarmos no apoio de pessoas que nos cercam e, por mais que queiramos bem, nosso raciocínio e honestidade de atitudes nos levarão a julgamento imparcial.

Muito bom nos colocarmos de acordo com nossa consciência em nosso julgamento, por menos importante que seja ou que se nos apresente.

Nossa consciência e honestidade é que serão as diretrizes a seguirmos.

Na verdade, muitas vezes nos passam desapercebidas situações em que tenhamos até mesmo ofendido alguém a quem queremos bem, e inconscientemente possamos ter feito uma ofensa inadvertidamente.

Claro que não podemos passar o tempo nos questionando e nos analisando, pois ficaremos preocupados e sem aproveitarmos a convivência com amigos a quem queremos tão bem, mas, por isso, devemos pensar muito antes de nos expressarmos levianamente para não incorrermos em risco de ofendermos alguém.

Quando nos analisamos friamente, sem tendência a nos protegermos, podemos nos conscientizar de nossas atitudes, e corrigi-las de acordo com análise que fizermos dos fatos ocorrentes em determinada situação e, a partir daí, partirmos para a tomada de atitudes que possa nos desculpar de erros cometidos.

Mas temos que ser muito imparciais. O julgamento neutro deve sempre ser uma constante, para que possamos evitar qualquer tipo de situação constrangedora.

Por isso, nossa consciência é uma das características mais positivas de nosso caráter, e devemos cuidá-la para que não nos falhe e não nos torne tendenciosos ao ponto de nos tornarmos injustos em relação ao próximo.

Um exame tranquilo de consciência nos leva a resultados satisfatórios e elegantes quando se refere a amigos, para não incorrermos em risco de ofensa desnecessária e deselegante, sobre os quais podemos nos arrepender mais tarde e, muitas vezes, sem a oportunidade de nos redimirmos.

Evidentemente não é fácil fazermos uma análise interior, pois temos a tendência de nos protegermos e sermos parciais em nosso julgamento, mas temos que tentar nos isentarmos, e assim nosso juízo será sem tendência e mais justo.

Nossa consciência sempre nos levará a conclusão adequada, se formos imparciais e a escutarmos com seriedade e coragem para assumir nossas falhas e qualidades.

Nunca nos esqueçamos de que para o exame ser completo, deverá terminar com alguma resolução, de melhorarmos em algum ponto, seja espiritual ou prático, ajudando-nos a enxergar o que julgamos serem falhas que nos proporemos a corrigir.

Abraços e bom domingo, com nossa consciência tranquila e nos propondo a nos tornarmos pessoas cada vez melhores. 🙂

Amanda

Ato de amor

O que chamamos de um ato de amor?

São tantos e se quisermos classificá-los, podemos fazê-lo durante toda a nossa vida, em qualquer momento e em todas as situações.

Dizemos que um só ato de amor feito numa fase difícil, vale mais do que cem em tempo de consolo.

Porque é completamente diferente nos darmos a um ato de afeto num momento em que nos necessitam, seja em que âmbito for de nossa vida e da vida de quem nos rodeia, pois por menor que pareça, um ato de amor pode chegar no momento em que estaríamos em situação difícil, que nada o substituiria.

Um ato de amor pode vir representado por uma palavra de compreensão, um auxílio financeiro, e em algumas situações, simplesmente quando conseguimos expressar palavras de conforto e consolo necessitadas por quem nos ouve naquele momento.

Claro que, como disse acima, um ato de carinho autêntico num momento de dificuldade vale mais do que muitas palavras, e vamos convir que, às vezes, um simples toque e um aperto de mãos podem nos consolar, em silêncio.

Um ato de amor pode ser o apoio que nos damos mutuamente em nosso lar, pois os filhos também nos dão em certas ocasiões provas de amor, e nos mostram seu afeto de diversas maneiras, com gestos, doações, sejam de presentes materiais, ou de palavras adequadas a cada ocasião em que se apresentam dificuldades em nossa vida.

E isso pode se dar na área emotiva, na frustração que acontece de vez em quando em nossa vida, num fracasso profissional ou financeiro, e até em dificuldade na área intelectual.

Trocar pontos de vista com os filhos não significa perda de autoridade que muitos querem ter em relação a eles, mas, ao contrário, significa humildade e reconhecimento de que não somos infalíveis e que uma grande idéia não tem preço.

Tudo isso se resume num ato de admiração, respeito, humildade, e portanto amor!

O amor é um sentimento que nos leva a praticar ações que ajudam o nosso próximo em qualquer situação em que ele se encontre, estimula para enfrentar qualquer barreira, qualquer obstáculo.

Um ato de amor pode, na verdade, ser representado por pequenos gestos, pequenas doações de nós mesmos, sem a necessidade da grandiosidade que, muitas vezes procuramos, afim de representá-lo.

E li, uma vez e achei interessante, que o amor dá trabalho…

Não basta sorrir para alguém, mas fazê-lo sorrir também, e não somente oferecer um remédio, até no sentido espiritual, mas tentar colocar a mão na ferida.

Perguntamos se alguém vai bem, mas será que estamos preparados para ouvir a resposta real que a pessoa nos dará? Façamos a pergunta se estivermos conscientes de que estamos prontos para a ajuda que se fizer necessária.

Amar dá trabalho, sim, se formos humildes e estivermos realmente dispostos para tentarmos amenizar sofrimentos de nossos semelhantes, fazendo o possível para que assim aconteça.

E ai, estamos preparados para amar?

Abraços e bom domingo, com muito amor 🙂

Amanda

Resoluções

Sempre aprendi que devemos ser firmes em nossas resoluções, desde que nos propomos a tê-las.

Claro que, muitas vezes, fazemos planos sem pensar, e que não se coadunam até mesmo com nossa maneira de viver, nossos horários, enfim, nossa vida prática, e nesse caso, somos obrigados a cometer falhas que não estariam na nossa programação. E aí, os resultados podem se mostrar diferentes do que havíamos esperado anteriormente.

Mas, de outro lado, se não fazemos as resoluções que achamos necessárias, e condizentes com as necessidades que estávamos antevendo, nossos planos jamais se concretizarão, pois temos que iniciar de alguma forma aquilo que desejamos.

Várias pessoas que conheço se dispõem no início de ano, por exemplo, a tomar decisões diferentes a respeito de sua vida, atividades, atitudes que julgam melhores do que aquelas feitas até aquele momento.

Mas resoluções só poderão nos trazer mudanças e realizações se estivermos realmente decididos com a força de nosso pensamento e a tomada de atitudes, às vezes difíceis, mas que seriam a única maneira de colocarmos em prática aquilo que idealizamos.

Elas podem nos trazer grandes efeitos, e se soubermos aproveitar, poderemos ter a chance de melhorar nossa vida e também a vida de nossos circunstantes.

Mas devemos ter em mente que as decisões de mudança de vida ou de algumas circunstâncias podem trazer alterações e, assim, devem ser estudadas para que, ao chegarem, não nos tragam transtornos ou até mesmo desgostos.

Tentemos programar algo para o qual tenhamos a capacidade de realizar, para que não fiquemos frustrados pelos resultados não alcançados. E para isso, nossa autocrítica deverá estar no ponto certo, para que não sejamos parciais em nosso julgamento a nós mesmos.

Evidentemente que temos que nos esforçarmos para conseguir o que queremos, mas tudo tem seu limite e se soubermos reconhecer os nossos, teremos menos tendência para uma possível frustração.

Reconhecer a própria incapacidade em tomar decisões já é um passo à frente, pois nos impede de tomar atitudes impensadas e, com isso, nos prejudicarmos com consequências inesperadas.

E, o que temos que ter em mente também é que, uma vez tomada alguma resolução, devemos fazer o esforço para colocá-la em prática, pois a indecisão pode complicar os resultados que estaríamos esperando.

Claro que teremos sempre alguma dificuldade em colocar em prática uma resolução complexa. Temos que contar com esse provável problema, e justamente, analisar friamente algum propósito, pois a decisão ocorre com alguma situação onde temos duas ou mais formas de solucionar.

Ai, justamente, entra nossa decisão de estabelecer critérios para obtermos os resultados que desejamos, e também nossa imparcialidade.

Uma das atitudes ideais seria dividirmos as resoluções em decisões programadas, que são as repetitivas e rotineiras e as não programadas, que podem surgir de repente, e são imprevisíveis, e importante conseguirmos, com esse raciocínio, para chegarmos até a resolução ideal para o nosso bem estar e a de nosso próximo.

Abraços e bom domingo, cheio de resoluções para melhorar sempre nossa vida 🙂

Amanda

Educação e Hipocrisia

Sempre me lembro, quando minha filha era pequena, com uns seis anos, mais ou menos, e que eu lhe recomendava educação no cumprimentar nossas amigas, e ela dizia que não gostava, mas como sempre fui de certo modo, muito exigente, eu lhe dizia que mesmo não gostando, teria que ir na sala para cumprimentar quem chegava.

Sempre foi de questionar, inteligente, um dia me perguntou porque deveria cumprimentar se não gostava de determinada pessoa. Eu lhe dizia que mesmo não gostando, nunca se negava um cumprimento, por educação.

Ela não teve dúvida, insistiu: porque deveria cumprimentar sem gostar?

Lhe respondi que teria que ser educada, e assim falar com quem lhe dirigia a palavra.

Não contente com a resposta: “Mamãe, então educação é hipocrisia”?

Naquele momento, na verdade me deu até vontade de dar uma boa risada, pois nem sei onde ela teria aprendido ou escutado a palavra hipocrisia. Mas me saí diretamente dizendo-lhe que hipocrisia ou não, ela teria que cumprimentar nossos amigos sempre.

E, felizmente, ela entendeu, e nunca deixou de cumprimentar as pessoas que chegavam e quando nos encontrávamos em qualquer ambiente.

Essas observações sempre nos seguem em nossa vida diária.

E me lembro, pois, muitas vezes nos damos conta de amigos que, mesmo não apreciando algumas pessoas, e sabendo que não ficarão íntimos, pelo menos nunca negam um cumprimento, seja em que ambiente for.

Passamos sempre por esse tipo de situação e aprendemos com o passar do tempo, que, mesmo se depois não convivemos por falta de afinidades ou simpatia, usamos nossa educação para os cumprimentos adequados a cada situação.

Podemos até chamar de hipocrisia. Mas prefiro chamar de educação, uma atitude chave para qualquer relacionamento social.

E, muitas vezes, nos surpreendemos, quando achamos de início do conhecimento, que nada teríamos em comum, e somos apanhados de surpresa ao descobrirmos afinidades, e até mesmo parentesco inesperado.

Por isso, creio que o ideal é nos darmos a oportunidade de conhecermos melhor quem nos é apresentado, sem fazermos um juízo inicial e precipitado, e através do qual podemos cometer muitos erros que nos privarão no futuro de uma amizade que poderia durar toda uma vida.

A predisposição nunca é construtiva, pois pode nos levar a cometer erros de juízo, e nos privar de amizades que poderiam ser maravilhosas, cheias de conteúdo e com as quais poderemos aprender. Ou ensinar…

Por isso, devemos, sempre que possível, nos darmos a oportunidade de conhecer gente nova.  Uma idéia preconcebida poderá nos fazer perder essa chance, lembrando que se somos humildes, provavelmente também aprenderemos.

Assim, devemos ter muita responsabilidade ao tratar da educação de nossos filhos, pois se diz que os filhos são nossos espelhos.

Tratemos então de tentar passar-lhes a educação através de nossas ações e reações, pois eles poderão descobrir nelas a simpatia e até mesmo o amor.

E vamos ter muito cuidado com a palavra hipocrisia. Tudo é questão de visão.

Abraços e bom domingo, com educação e gentileza, sem hipocrisia! Sempre 🙂

Amanda