O Inesperado

O inesperado nos aparece sob vários aspectos, e o grande desafio é saber lidar de forma adequada com cada situação.

Ele agride nossa capacidade de previsão, e por isso a dificuldade momentânea que nos surpreende e, por vezes, nossas decisões ficam prejudicadas.

Um destes dias fui surpreendida, alegremente, com um convite vindo de um casal querido para irmos a um concerto no Teatro Municipal assistir a um raro espetáculo.

O convite era para aquela mesma noite, e aceitamos com prazer.

Foi maravilhoso, seguido de um jantar também alegre e de alto nível.

E foi um comentário da amiga que me inspirou este blog:

“Como você sabe lidar bem com o inesperado”, disse ela.

Me contou que tem pessoas que não aceitam convites de última hora, e chegamos à conclusão de que essas são as que perdem boas chances de se divertir, por pura insegurança.

Eu lhe respondi que foi um inesperado muito bem-vindo e que estaremos prontos para aceitar sempre que nossas agendas permitirem tão maravilhosos convites.

Já recebemos convites inesperados até de casamento, que chegaram com pouca antecedência por erro do correio, novas amizades ou até distração mesmo do organizador responsável que muitas vezes não é o nosso amigo, e sim uma empresa que pode falhar.

Penso, que bom que o erro foi corrigido em tempo para compartilharmos desse momento de felicidade, de esperança para o início de uma nova vida que se aproxima.  Tornou-se uma surpresa feliz.

Por que nos ofendermos?

Amizades vivem fases, às vezes mais intimas e próximas, e às vezes mais distantes.

O inesperado alegre deveria ser sempre bem-vindo.  O desagradável é quando o inesperado se apresenta em situações de tristeza, o que nos atinge mais, e tende a nos deixar sem ação imediata pela própria surpresa que representa naquele momento.

Mas, na verdade, se estamos preparados emocionalmente, o inesperado pode ser amenizado.

Se tratando de doença, por exemplo, podemos surpreender o inesperado, se tivermos cuidado de seguros, médicos que já tenham nos atendido, hospitais de nossa confiança e outras medidas para suportarmos melhor a chegada de algo inesperado e indesejado.

Uma desilusão amorosa também pode chegar, muitas vezes inesperadamente.

Suportar o acontecido é sempre muito difícil. Requer sabedoria para enfrentar a situação e as mudanças que normalmente ocorrem em consequência de uma separação.

Nesses casos, o inesperado se apresenta, muitas vezes, na forma de um afastamento de amigos com quem se contava e que misteriosamente não aparecem mais.

E, na maioria dessas ocasiões, a mulher, principalmente, se vê muito só, pois a discriminação ainda existe, parece incrível, nestes tempos que correm.

Os amigos que eram inseparáveis discretamente escolhem o lado de um dos cônjuges, e inesperadamente não tem mais tempo para o outro.

É preciso um preparo e uma disposição especial para lidar com o “Senhor Inesperado”.

Mas também podemos surpreendê-lo, tomando atitudes maduras e nos responsabilizando por elas.

Inesperadamente, me alonguei um pouco, o assunto me fascina 🙂

Um abraço e ótimo domingo,

Amanda

Publicado em setembro 23, 2012, em Inteligência Social, Uncategorized e marcado como , , , , . Adicione o link aos favoritos. 5 Comentários.

  1. Como sempre estou aprendendo com você Amanda.

  2. Muito interesante esa materia de inteligencia social.Eu quero saber mas sobre isso como eu faço.
    Obrigada Amanda.

  3. Amanda
    Que texto inesperado…. gostei!!!!
    Vale a pena meditar sobre o assunto.

    Infelizmente são poucos os que “estão prontos”, preparados ou
    maduros o bastante para viver plenamente o inesperado.

    Sendo bom, perde-se boas oportunidades de vivenciar momentos agradáveis, gratificante….

    Sendo ruim perde-se os frutos da edificação em favor de si mesmo, acumulando sentimentos funestos.

    De qualquer forma penso que o “Senhor Inesperado” sempre nos favorece, seja de que lado for, portanto seja bem vindo “Meu Senhor”!!!!

  4. Querida amiga Amanda,
    Adorei a conclusão de que por preconceito podem perder grandes oportunidades!
    Parabens!
    Um beijo.
    Susana Posternak

  5. Maria Isabel Salemi Massad

    Gostei muito!!

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