Autenticidade

O que chamamos de autenticidade, às vezes, não passa de uma desculpa a que muitas  pessoas se apegam para externar sua opinião de forma até mesmo estúpida e sem nenhuma delicadeza, ao divergirem de outras pessoas.

Assisti a uma cena assim um destes dias.

Ao discordar de uma amiga num grupo que discutia sobre assunto corriqueiro, ao invés de expor suas idéias de forma educada, a outra colocou tudo de forma grosseira, e ao ser perguntada o motivo de tanta aspereza, ela respondeu tranquilamente:

Eu sou autêntica.

Essa é uma forma de se colocar erradamente em relação ao que não queremos aceitar, simplesmente por estar diferente de nossa própria opinião e conceito sobre qualquer assunto.

Autenticidade, no sentido exato da palavra, seria, por exemplo, a certeza da origem da informação, seja de notícias ou de algum produto, que no caso, tenha conseguido a aprovação e a confiança de um determinado público ao qual se dirige.  É a certeza de que somos quem dizemos que somos.

Claro, perseguir a autenticidade, seja do que for, deve ser nossa meta.

É adquirir a confiança desejada, seja como pessoa, seja como produto, seja como prazo ao qual nos propomos.

É perseguir a legitimidade de uma informação, que é muita importante em qualquer  relação, seja profissional ou pessoal.

E quando emitimos nossa opinião sobre determinado assunto numa roda de amigos, estamos sujeitos a criticas e posições contrárias às nossas, evidentemente.

Mas mesmo que não estejamos dispostos a uma discussão (coisa que realmente abomino), nada nos impede que possamos dar nossa sugestão ou opinião sincera.

O que me bato é pela idéia de não sermos absolutos para evitarmos um mal estar que pode ter consequências que não seriam desejadas.

Podemos, sim, ser autênticos, deixando de lado a simples teimosia ou nosso desejo de nos impormos em situações delicadas.

Devemos cultivar a autenticidade sem o receio de parecermos antipáticos ou donos da  verdade.

Mas, para isso procuremos pensar bem ao emitirmos nossas idéias, sem a inconveniência que caracteriza a pessoa teimosa, pois quem teima de maneira mal educada, acaba perdendo sempre a razão e nunca é ouvida com a devida atenção.

Sejamos autênticos, sim, mas com a mesma delicadeza que gostaríamos de receber  do nosso próximo.

Abraços e bom domingo 🙂

Amanda

Publicado em dezembro 1, 2013, em Inteligência Social e marcado como , , , , . Adicione o link aos favoritos. 3 Comentários.

  1. Feliz da pessoa que é autêntica , muitas vezes ela desconhece o que é ser autêntico e se arvora do direito de ser dono da verdade .
    Muito bom Amanda querida .
    Boa semana , Tereza .

  2. Muito bom! Nossa manifestação autêntica, não precisa subjugar as manifestações alheias. Abs.

  3. Adorei bjs Anete

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