Curiosidade: qualidade ou defeito?

A curiosidade, como tudo neste mundo, tem dois aspectos: positivo e negativo.

O positivo se demonstra quando a curiosidade traz alguma luz ao nosso conhecimento, desenvolve nossa inteligência nos obrigando a raciocinar.

Graças à curiosidade de grandes gênios de nossa história e de nossa ciência, fizemos descobertas importantíssimas.

Não tenho dúvida de que a pessoa curiosa aprende e muito, pois ela vai pesquisando, lendo e, a partir dessa atitude, encontrando cada vez mais os detalhes daquilo que se iniciou, muitas vezes, ao acaso.

Essa é a curiosidade construtiva, que produz resultados para a própria pessoa que a desenvolve e também para o mundo que vai usufruir dessas descobertas e invenções.

Agora, vamos convir que a curiosidade negativa que se relaciona com a especulação sobre a vida do próximo é de um tremendo mau gosto.

As informações nos chegam e são repetidas, muitas vezes sem fundamento, e não nos preocupamos em esclarecê-las.

Nesse caso, a curiosidade deveria se manifestar para que não cometamos injustiças em função do que “ouvimos falar”.

Incomodar-se com a vida dos outros e ficar curiosa quanto a isso é também de extremo mau gosto, pois se não se pode ajudar, o melhor é não atrapalhar, como diz o dito popular.

Claro que todos nós sentimos uma certa curiosidade por pessoas, objetos que ainda não conhecíamos, celebridades, mas o que não podemos — e nem devemos — é ficarmos obcecados pela nossa curiosidade sem limites.

Devemos evitar sempre a bisbilhotice e avaliar se a pergunta poderia ferir sigilo ou pudor.

Essa atitude vai permitir ao interlocutor a distinção entre bisbilhotice e o real interesse ao que se está perguntando.

O interesse legítimo por alguém ou por algo que tenha lhe acontecido não significa curiosidade barata, mas sim carinho verdadeiro.

Também no aspecto positivo, temos a curiosidade por assuntos que desconhecemos, como outras religiões, seus costumes e tradições.  Nos enriquece o conhecimento, pois isso nos provoca o carinho e o respeito que temos que ter com outras culturas que não seja aquela na qual fomos criados.

Mas tem gente curiosa ao máximo, que atrapalha uma conversa interessante com perguntas inconvenientes e impróprias, normalmente de caráter pessoal que constrange o interlocutor a um ponto de irritação, conseguindo desse modo, estragar uma conversa que poderia ter sido muito interessante e esclarecedora.

A pessoa constrangida acaba passando da alegria do inicio da conversa a uma irritação óbvia para todos.

Já assisti a um espetáculo dessa natureza onde os componentes do grupo não sabiam mais o que dizer.

Resultado final: desastre social e pessoal.

Temos que dar a liberdade para as pessoas dizerem somente o que desejam contar, seja de natureza pessoal ou profissional.

Com mais intimidade e confiança, elas podem se permitir de relatar situações que antes de maior convivência jamais aconteceria.

É importante ter paciência no relacionamento, sem forçar e sem deixar que a curiosidade desagradável ponha a perder uma amizade que poderia ter sido ótima e duradoura.

Mas na verdade agora estou curiosa para saber se você  gostou deste blog 🙂

Abraços e bom domingo.

Amanda

Publicado em outubro 14, 2012, em Inteligência Social e marcado como , , , , . Adicione o link aos favoritos. 11 Comentários.

  1. m.Thereza matarazzo

    Eu ainda nao havia pensado nos dois aspectos da curiosidade! o construtivo e o “pejorativo””!!!!Bem pensado Amanda! Alem do mais nao temos mto tempo para bisbilhotar a vida dos outos porem…. as vezes ficamos curiosos…..Um abraco M.thereza

  2. Amanda querida , o tema é interessante , mas penso que vc coloca de uma forma ( oito ou oitenta ). fiz essa leitura . Esse tema é muito abrangente e não cabe pesos e medidas , é muito íntrísico e pessoal , de acordo com as caractrístisca de cada um , a situação e momento que a pessoa está vivenciando .
    Quanto à sua forma de escrever é deliciosa ….Obrigada por nos presentear com assuntos iteressantes que nos convidam a pensar . Beijo ,boa semana ! .
    Tereza …

  3. Querida Amanda,
    Concordo com você , devemos sempre conversar de forma OBJETIVA e nunca SUBJETIVA .
    Assuntos OBJETIVOS sobre o clima,viagens,atualidades….
    Assuntos SUBJETIVOS sobre si mesmo,e curiosidades da vida alheia como vc diz é péssimo.

  4. claudia@consin.com.br

    Amanda,
    Excelente reflexão como sempre!
    Certa “cerimônia sadia” mantém limites e garante a privacidade necessaria…. adorei!! Claudia Cohn

  5. Lidia Izecson de Carvalho

    Eu gostei, e muito.
    Beijo
    Lidia

  6. Amanda, como sempre gostei e muito, vc realmente coloca as coisas como elas sao, simples, mas importantes!! Um gde beijo com toda minha admiracao e carinho!!!

  7. Muito sensato otextoo e muitoútil…..

  8. Amandita,
    Muito bem escrito
    Amei

  9. Acabei de ser convidada p/ esse grupo maravilhoso da Florida
    e seu artigo foi a primeira coisa que li. Tenho certeza, pelo calibre do artigo, estou no lugar certo! Muito bom e interessante!

  10. Amanda ,como sempre sabias reflexoes.Adorei!
    Bjs. Miriam

  11. AMANDA QUERIDA, ESTE ARTIGO FAZ BEM PARA A NOSSA ALMA. MARAVILHOSO!! BJSS

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