Arquivo diário: janeiro 20, 2013
Vaidade
Publicado por amandadelboni
Vaidade é uma característica que pode ser positiva, dependendo do resultado que se deseja.
Mas ela pode também ser altamente destrutiva se não observarmos a medida necessária para atingirmos o equilíbrio na convivência e no bem estar de quem nos rodeia, principalmente quando se manifesta na forma de excessos.
Não é fácil dosar a vaidade, pois todos lutamos para melhorar a cada dia, sob todos os aspectos.
A vontade de vencer obstáculos nos projeta para a frente, para a luta diária em vários setores da atividade humana. Somente precisamos nos policiar para não extrapolarmos em nosso sentimento de vaidade.
Uma pessoa vaidosa pode até pecar por desejar resultados, muitas vezes, somente no sentido de despertar a admiração dos outros. E esse é um lado da vaidade que tende apenas a prejudicar o relacionamento pessoal, profissional e social.
Conheci pessoas altamente capazes em suas profissões, mas com problemas muito sérios de auto-afirmação.
Tentam superar seu complexo de inferioridade, seja ele qual for, exibindo uma tirania, que nada mais é do que uma vaidade exagerada e inadequada ao mundo em que vivem.
E, geralmente, são pessoas inteligentes, com capacidade de trabalho, que se colocassem de lado esse tipo de sentimento que as consome, teriam sempre resultados maravilhosos.
Não precisamos generalizar. Mas é importante ressaltar esses exemplos de vaidade que devemos combater para buscar resultados positivos em tudo que desejamos realizar.
Buscar a compensação dos próprios complexos em atitudes cheias de vaidade não nos leva a nenhum caminho produtivo.
Nossa “superioridade” deve se basear na capacidade pessoal, profissional e social, no sentido de conseguirmos nos relacionar o melhor possível com a sociedade que nos rodeia.
Claro que faz bem à nossa personalidade vencer desafios em nosso trabalho e na profissão que abraçamos. Já essa é uma vaidade benéfica — que beneficia a quem a possui e a quem recebe seus frutos.
Podemos dizer o mesmo referente à vaidade no seu aspecto físico, que também é muito louvável, lembrando que devemos mantê-la dentro de limites toleráveis e responsáveis.
Falo de cuidados pessoais, que são muito importantes para a nossa convivência com o próximo. Ninguém tem culpa dos nossos problemas e os cuidados conosco devem ser motivo de satisfação, e até de incentivo à realização de nossas buscas.
De fato, acho que quase nada justifica a falta total de vaidade, a não ser a doença, que muitas vezes nos impede de manter o nosso nível normal de vaidade.
Mas mesmo em algumas circunstâncias vivendo situações difíceis, podemos tentar e conseguir manter a boa aparência e esse comportamento gera em algumas ocasiões um ambiente mais alegre dentro dos momentos de tristeza.
Numa ocasião tive duas cirurgias e isso exigiu minha permanência no hospital por um mês.
Como sou uma pessoa assumidamente vaidosa com minha aparência, pela manhã já me colocava com um aspecto o mais apresentável possível dentro das circunstâncias e do ambiente do hospital.
Nunca me permiti ficar despenteada e com aspecto desgostoso e descuidado.
E num desses dias, tive até a ajuda de uma auxiliar depois do seu horário de trabalho para retocar meu cabelo.
Foi até divertido!
Muitos podem achar um exagero. Eu já vejo diferente. Para mim, era uma deferência às minhas visitas, que já se viam penalizadas pelo meu sofrimento.
A vaidade saudável alimenta nosso espírito, principalmente quando vencemos desafios que julgávamos muitas vezes impossíveis de transpormos.
Mas vamos aprender a diferenciá-la da vaidade doentia que só prejudica o nosso bem estar e impede o nosso crescimento.
Abraços e bom domingo 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
Tags: Amanda Delboni, Inteligência Emocional, Inteligência Social, Relacionamentos, Sucesso