Reclamar

O ato de reclamar torna-se quase um vício, em se tratando de certas pessoas.

Nada serve, nada foi feito de acordo com o que desejariam, ninguém fez o suficiente, e assim por diante.

As pessoas com essas características, e já conheci algumas delas, passam a vida reclamando de tudo e de todos, de seus funcionários, dos funcionários de lojas que as atendem, dos chefes, dos amigos, da família, enfim, ninguém as satisfaz.

E, claro, vivem infelizes, pois, muitas vezes, nem tudo sai exatamente de acordo com o que desejaríamos, ou que tínhamos em mente.

Mas será que, tendo um pouco de tolerância e/ou paciência, não poderíamos instruir com mais eficiência a quem nos serve de algum modo?

Será que, realmente, explicamos o que gostaríamos que fosse feito e a maneira como estaríamos imaginando?

Será que consideramos todas as variáveis que tal situação poderia nos favorecer a chegarmos a resultados planejados?

Pensemos antes de fazermos reclamações, pois, muitas vezes, nós mesmos fomos os responsáveis pelos efeitos indesejados, quer por falta de planejamento de nossa parte, quer por não termos exposto de maneira mais compreensível o que imaginamos.

Muitas vezes achamos que explicamos de maneira indiscutível algo a alguém, mas temos que considerar se o nível tanto intelectual, quanto a experiência da pessoa que recebeu a ordem, se coadunam com nossa explicação.

E também sempre conhecemos alguém que, mesmo que lhe façam tudo perfeito, encontrará algo a reclamar.

Tudo isso tem muito a ver com a tolerância.

Digo tolerância pois vemos, por exemplo, que uma pessoa que tem a responsabilidade de arrumar sua casa, faz de tudo para que esteja impecável.

Ai, ela se esquece de um pequeno detalhe, e você assume uma atitude de crítica, ao invés de reconhecer tudo o que foi realizado na arrumação, no atendimento de outros aspectos da casa, etc.

Por que cobrar, ainda mais de maneira irritada, como sabemos que existe, e não você mesma fazer?

Ou deixar passar, reconhecendo simplesmente o que foi feito e não o que não foi ?

A própria pessoa que executa um trabalho para você, se sentirá, cada vez mais, responsável, e, creia, tentará fazer sempre mais para que você se sinta feliz.

Normalmente são detalhes tão pequenos que nós mesmos poderemos complementar, sem reclamar.  Claro, dentro de uma lógica de comportamento que incentive a eficiência naquele trabalho.

Outro dia uma pessoa responsável por certas funções em minha casa esqueceu-se de um pequeno detalhe na arrumação, e eu complementei, pois não me custou nada.

Ai, de repente ela se lembrou e me falou, eu disse: já fiz, não se preocupe.

Nunca mais aquilo foi esquecido.

Claro que não estamos aqui nos referindo a reclamações de produtos que chegam com defeitos e que temos a obrigação de tentarmos adquirir substituição para que possamos usá-los – e outras circunstâncias graves.

Mas mesmo assim, podemos fazê-lo com educação, e, provavelmente, seremos melhor atendidos do que os que chegam gritando e exigindo.

Pelo menos, tenho conseguido bons resultados, mesmo usando de meu direito e precisando reclamar, mas o primordial é realmente fazê-lo gentilmente, sem irritação, e principalmente com educação.

Abraços e bom domingo, sem reclamação 🙂

Amanda

Publicado em novembro 9, 2014, em Inteligência Social e marcado como , , , , . Adicione o link aos favoritos. 3 Comentários.

  1. Ótima análise!
    Reclamar imotivado e infinitivamente é próprio de quem tem um lado negativo, infeliz e sombrio.
    Reclamar para fazer valer um direito é justo e necessário.
    O equilíbrio é a melhor forma, portanto, tenhamos o cuidado de ter ao nosso lado, pessoas que coloquem, primordialmente em suas relações, a moderação, a ponderação, a lógica e o respeito ao próximo.
    Bjs.

  2. Memeia Tucunduva Aliberti

    Ótimo, Amanda!!

  3. Vou tentar me lembrar dessas palavras, antes de dar broncas pra todos os lados….

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