Arquivo diário: fevereiro 2, 2014
Discussão
Publicado por amandadelboni
“Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas”.
Li essa frase há muitos anos.
Penso o contrário.
Sempre que uma discussão importante se esgota rapidamente, perdemos a oportunidade de aprender com ambas as partes, que podem ganhar muitos conhecimentos sobre o assunto em questão.
No entanto, uma discussão estéril ou sobre questões irrelevantes deve se encerrar o quanto antes para evitar maiores desentendimentos desnecessários.
Claro que não vamos tratar aqui de discussão científica, necessária para o progresso da humanidade, e até indispensável.
Trabalhei em laboratório como farmacêutica, e conheço bem toda a estratégia que envolve o lançamento de produtos, itens de adaptação para um clima diferente de onde o produto se originou, etc.
Empresas de vários seguimentos também discutem sempre o que produzir de melhor, novidades a serem lançadas a fim de conquistarem novos mercados e clientes que adquirirão seus produtos, preços mais acessíveis para enfrentarem os concorrentes e tudo o mais referente a produção e vendas.
O debate em uma assembléia tem que acontecer, pois se pode, com isso, alcançar benefícios destinados a entidades, ao povo de maneira geral.
Discussões a esse respeito devem e deverão sempre existir.
Mas o que estou abordando aqui hoje é a discussão estéril, ou improdutiva, carregada muitas vezes de mau humor, que não leva a nada, e que de vez em quando tenho o desprazer de assistir.
Já viram como quem está convencido de estar certo em qualquer ramo de atividade ou em qualquer tipo de matéria, dificilmente aceita a opinião diversa?
Fica, então, desagradável para quem ouve, e o resultado nunca é atingido, pois quem discute, em geral, cria um mal estar nos circunstantes.
E no caso de assistência fica pior, pois nenhuma das partes quer “perder” a razão, e a discussão pode tomar rumos extremamente desagradáveis que não conduzem a absolutamente nada, em geral.
O melhor a fazer numa discussão — e que deixa a parte contrária muito desapontada — é esfriar a conversa, pois na maioria dos casos, se peneirarmos mesmo, não vale a pena, nada ganhamos com isso.
Muitas vezes é só uma questão de vaidade pessoal não querermos perder.
O que se deve cuidar é que uma discussão não se transforme em disputa, somente no sentido de se sair vitorioso.
Não gosto e sempre me recuso a entrar em uma discussão. O clima vai se tornando difícil, as vozes se alteram e isso me faz muito mal.
Raramente algo chega a me interessar tanto ao ponto de que eu queira mesmo discutir. Emito uma opinião se sou solicitada, mas sem que me deixe levar pelo aspecto polêmico que não me faz bem e do qual não necessito para me sentir feliz.
Vale relembrar que a grande maioria das divergências se dá em ocasiões em que estamos empenhados em lazer, bem estar e calma.
Por que estragar tudo isso?
Sem discussão, aceito a atenção e encerro o blog de hoje com a letra da música “Discussão”:
Se você pretende sustentar a opinião
E discutir por discutir só prá ganhar a discussão
Eu lhe asseguro, pode crer, que quando fala o coração
Às vezes é melhor perder do que ganhar, você vai ver
Já percebi a confusão, você quer ver prevalecer
A opinião sobre a razão, não pode ser, não pode ser
Prá que trocar o sim por não, se o resultado é solidão
Em vez de amor, uma saudade, vai dizer quem tem razão
Tom Jobim
Abraços e bom domingo 🙂
Amanda
Publicado em Inteligência Social
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