Arquivo diário: setembro 1, 2013

Falhas/esquecimento

Não vou falar aqui hoje de falha de caráter ou algo desse tipo e sim de pequenas falhas que todos cometemos e pelas quais podemos sofrer críticas por parte de quem nos rodeia e nos solicita.

É perfeitamente normal nos esquecermos de algum fato ou número sem grande interesse para quem está tratando de determinado assunto.

Na maioria das vezes, nem é de tanta urgência e tão importante, e a falta da lembrança toma uma dimensão fora de qualquer controle.

A cobrança se torna algo maior do que a própria informação.

Quando falhamos, não quer dizer que não demos a devida importância a algum fato relevante e importante ao próximo, e sim, que por qualquer motivo, falhamos.

Cabe a quem deveria ser informado, compreender e tolerar, pois nada vai alterar o que já se passou.

Tentar corrigir a falha da informação é o melhor caminho, pois evita até a humilhação que se impõe ao se cobrar algo que não tem retorno.

Se fala mesmo que o esquecimento é um dos males do século e que não está necessariamente ligado à alguma doença cerebral e sim que pode ser algo até mesmo momentâneo, consequência de ansiedade, muito comum nos dias de hoje.  Muitas vezes, se trata simplesmente de uma memória super carregada, que, como num computador, tem seu limite alcançado e necessita ser esvaziada ou descarregada, de vez em quando.

Eu sempre tive uma tolerância enorme e uma complacência com falhas e/ou esquecimentos, e, pessoalmente, não costumo cobrar algum esquecimento por parte de quem convive comigo, pois compreendo que o constrangimento de quem se esquece de algo  já é tão grande que a minha cobrança só o tornaria  maior e não resolveria nada.

Me lembro que minha mãe, já mais idosa, tinha, como é de se esperar, falhas de memória e me perguntava a mesma coisa algumas vezes seguidas.

Às vezes, enquanto me arrumava para sair, ela fazia a mesma pergunta:

“Onde você vai, minha filha?  Está tão bonita!”

E eu respondia com o mesmo carinho a mesma resposta e saia feliz por vê-la feliz também.

Não me custava nada.

Mau humor não me pega, e muito menos a cobrança por algo que realmente foi esquecido.  Cobrar não resolve, pois quem se esquece já esqueceu e pronto!

A falha pode ser um engano, um equívoco, um insucesso, um erro, uma imperfeição.

Claro que nenhum de nós gosta de falhar.

Temos uma tendência à perfeição, mas temos também que ter em mente que a perfeição não existe e que a tolerância com as falhas alheias sempre nos ajudará no convívio pacífico com quem quer que seja.

Todos nós temos responsabilidades em vários ramos da atividade humana, inclusive as crianças, que já têm obrigações, as quais anos atrás eram restritas aos adultos.

É necessário termos compreensão e tolerância com falhas e esquecimentos de nossos amigos e parentes queridos, para mantermos uma convivência alegre, e que, seguramente, faz muito bem à nossa alma e ao nosso coração.

Abraços e bom domingo 🙂

Amanda