Impulsividade

Se tomamos uma atitude por impulso, corremos sempre o risco de errar e cometer injustiças — tanto com nós mesmos como com o próximo, vitima de nossa impulsividade.

Por isso, tento sempre usar o raciocínio lógico para evitar atitudes impulsivas que possam gerar arrependimento e consequências inevitáveis, desagradáveis e, muitas vezes, até irreversíveis.

Todos conhecemos pessoas que, sem pensar, falam demais sobre alguém com quem os outros de uma mesma roda convivem.

Claro que temos o impulso, muitas vezes, de fazer um comentário, de responder sem muita delicadeza a algo que ouvimos e que sabemos não ser verdadeiro, de responder mal a alguém que nos fecha nos trânsito.

Mas aí entra, de novo, o raciocínio, que é essencial para nosso crescimento na área de inteligência social.

Quem recebe nossa reclamação ou crítica, resultado de nosso impulso, pode não ter uma reação pacífica e tornar nossa vida um verdadeiro inferno.

A impulsividade está diretamente ligada ao auto controle, ou melhor, à falta dele.

Temos que ter em mente que as consequências de um impulso podem nos custar muito caro, lembrando que o impulso é gratuito.

Muitas vezes são geradas inimizades irredutíveis, sem volta, por um impulso imaturo, um comentário mal entendido.

Já vi amizades de anos de repente destruídas por palavras ou atos impensados.

Mesmo que nos arrependamos mais tarde, é difícil uma reconciliação.

Sempre digo que a palavra é uma arma perigosíssima, e como uma bala num revolver, quando apertamos o “gatilho verbal”, não tem volta.

Existem pessoas explosivas, que mediante qualquer tipo de conversa partem para respostas desagradáveis, palavrões, e pelo simples fato de discordarem de quem está expondo uma idéia diferente da sua, criam uma situação embaraçosa para quem está participando da mesma reunião.

Estávamos com amigos outro dia que relataram um fato chocante relativo a impulsividade.

Um amigo deles foi a uma festa acompanhado da então namorada.

A relação estava muito frágil e, na volta, na estrada, ele lhe disse que gostaria de terminar o namoro.

A moça ficou  desesperada, perdeu o controle e disse que iria sair do carro.

Então ele parou, com receio que, como ela estava meio desequilibrada emocionalmente, abrisse a porta do carro ainda em movimento.

Ela desceu abruptamente, ficou na estrada, mas infelizmente no escuro um carro que vinha atropelou-a.

Foi chocante, e nesse caso, infelizmente, um caminho sem volta.  Ela faleceu.

Uma vida que acabou, triste e precocemente, por causa de um infeliz impulso que ela não foi capaz de controlar.

O impulsivo não escuta argumentos da parte contrária, seja o parceiro amoroso, comercial ou simplesmente no convívio social, pois ele não tem a menor tolerância, seja em que campo for.

Ele não mede as consequências de seus atos, de suas falas, de sua falta de paciência.

Vamos tentar sempre obedecer aos nossos bons impulsos de ajuda humanitária, ajuda ao próximo, mesmo que seja somente com boas palavras de amor, de consolo e de compaixão.  Mas vamos também tentar cultivar sempre o respeito, aceitando as diferenças e, com isso, diminuindo nosso nível de impulsividade para assim evitarmos o arrependimento tardio – muitas vezes, sem volta.

Abraços e bom domingo, sem impulsos!

Feliz Páscoa 🙂

Amanda

Publicado em março 31, 2013, em Inteligência Social. Adicione o link aos favoritos. 6 Comentários.

  1. Lidia Izecson de Carvalho

    Realmente a palavra é uma arma poderosíssima e pode causar muitos estragos, ainda que muitas vezes a pessoa que nem se dê conta disso. Beijo Lidia Izecson de Carvalho

  2. Esse post me serviu como uma luva….quantas vezes já me arrependi pela minha impulsividade. Com os anos tenho tido mais controle mas mesmo assim ainda tenho os meus rompantes. Parabéns por mais essa dica. Beijos.

  3. Como sempre um assunto para refletir. Feliz Páscoa!
    Miriam Pestana

  4. Perfeito. Muitos ainda se orgulham dessa falta de civilidade..

  5. Muito Bom !!!A impulsividade gera a Ansiedade que está tão presente na vida da maioria !!!
    Beijos e Parabéns pelo tema.

  1. Pingback: Impulsividade » Reflexões

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